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31 de out. de 2011

Economia verde e as amebas

Para solucionar os males da humanidade, a fome, a luxúria, a degradação ambiental, o egoísmo...eis que surge o mais novo produto da indústria capitalista: a Economia Verde (rufos de tambores).

http://eco4u.wordpress.com/tag/hidreletricas/
Ainda vamos ouvir falar muito desta nova forma de gerenciar os negócios, que permite o crescimento econômico enquanto garante a preservação dos recursos naturais e a preocupação com as questões sociais. Só não falaram como. Segundo a revista Meio Ambiente e Cidadania, não há um conceito chave para o que significa Economia verde, no entanto sabe-se que ela promete o estímulo ao crescimento econômico associado ao progresso social e a proteção ambiental.

28 de out. de 2011

Agroecologia e reforma agrária

No post sobre Agroecologia e Segurança alimentar foquei na questão da desvalorização da agroecologia e dos sistemas agroecológicos perante o modelo de produção agrícola atual, caracterizado pela monocultura, pela imbricada cadeia produtiva, pelo uso de insumos agrícolas e pelo referencial econômico que baliza todas as ações do setor.

http://arqforum.blogspot.com/2010/08/campanha-e-plebiscito-pelo-limite-da.htm


Foi pontuado também como a hegemonia deste modelo nas instituições econômicas e políticas desfavorece a agroecologia e os produtores, apesar dos programas, secretarias, ministérios e toda gama de estruturas criadas com este fim, posto que não é de interesse dos mesmos  o desenvolvimento de um modelo que dê autonomia aos produtores, questione a estrutura agrária e garanta soberania alimentar, diminuindo o colégio eleitoral e a condição clientelista, principalmente no campo.

A questão agrária está intimamente relacionada ao advento dos sistemas agroecológicos no Brasil, visto que somente com acesso a terra aos pequenos produtores será possível desenvolver um modelo local de produção agrícola, mais justo, viável econômica, social e ambientalmente, por motivos já postados. Da mesma forma se dá a garantia de soberania alimentar e qualidade de alimentos, haja vista as consequências proporcionadas pelo atual modelo de produção, com famintos pelo mundo todo e alimentos recheados de veneno, apesar da alta tecnologia envolvida e elevados gastos públicos e privados com pesquisa e subsídios.

27 de out. de 2011

Escolas democráticas e a sustentabilidade

Quando falamos em escola logo vem a mente espaços padronizados com carteiras enfileiradas, lousa, cadernos, com professores, direção, coordenação e estudantes, com o objetivo de socializar e ensinar conhecimentos aos últimos. 

Quando olhamos criticamente estes mesmos espaços logo percebemos que são alcançados estes objetivos, em maior ou menor grau. Os estudantes saem socializados, humanizados, normatizados e com algum conhecimento, transmitido de cima para baixo aos não iluminados.

Falar do insucesso do sistema escolar vigente é mentira, ele alcança seus objetivos com mira certeira; normatiza os estudantes ensinando-os as regras de quem manda e quem obedece dentro e fora da escola; transmite o respeito a razão e a ciência em detrimento da lobotomia e da intuição; controla o desejo e a vontade humana mais primordial para o legitimação da regularidade, disciplina, autoridade e penalidade sob a égide da pedagogia que:

“(...) em nome da supremacia do conhecimento, desenvolve técnicas de aprendizado que visam o treinamento de corpos mais dóceis e eficientes” (República das Crianças, pág. 160)


24 de out. de 2011

The Natural Step – a revolução silenciosa

Neste post apresentarei os conceitos básicos do The Natural Step (TNS). Trata-se de um guia que apresenta as condições fundamentais para uma sociedade sustentável e um conjunto prático de critérios de planejamento que podem ser usados para orientar organizações (sociais, públicas ou privadas) para o alcance da sustentabilidade.

A instituição foi criada na Suécia em 1989 por um médico oncologista chamado Karl-Henrik Robert, em resposta às crescentes preocupações com problemas de saúde pública decorrentes do aumento de toxinas no ambiente, das práticas atuais de utilização de recursos naturais e da necessidade de medidas efetivas e de consenso geral.

A filosofia do TNS entende que os nossos atuais problemas são sistêmicos e estão interligados entre os complexos econômicos, sociais e ambientais. Inclusive, propõe uma visão para além do Triple Botton Line, de forma que entende que o subsistema econômico está inserido dentro do subsistema social e este por sua vez inserido dentro do sistema ambiental. Tanto que como prática, o TNS não realiza a análise para a sustentabilidade nos níveis independentes, pois acredita que a análise do sistema vai além das 3 instâncias juntas.

20 de out. de 2011

O funeral de Kyoto será em Durban

http://g1.globo.com/platb/rosanajatoba/2010/12/
Conforme o título, o evento programado para acontecer em novembro deste ano, com a participação de aproximadamente 200 nações, firmará a falta de compromisso e de responsabilidade dos dirigentes políticos mundiais, de ontem e de hoje.

19 de out. de 2011

BRACVAM: contra a vivisecçção e a dissecação

Em setembro saiu a notícia de que o Brasil agora terá um centro de pesquisa para desenvolver métodos alternativos para validação de pesquisas que não usa animais em sua fase de teste.

O centro chama-se BRACVAM – Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos e foi criado a partir de uma parceria entre o INCQS – Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde, Fiocruz e a Anvisa.

 
http://vista-se.com.br/redesocial/anvisa-aprova-parceria-com-incqs-para-excluir-animais-de-pesquisa

17 de out. de 2011

O que o Brasil precisa é de proteção ao meio ambiente e não de tablets

Diminui investimentos com o meio ambiente no Brasil.
A notícia não é nova, já sabemos o descaso que é dado frente a pasta de meio ambiente no governo, apesar da publicidade que é feita, mas a novidade é que o Brasil cada vez mais aparece com responsável socioambientalmente, referência de legislação de proteção a natureza e sede de eventos sobre o assunto, como a Rio+20, que ocorrerá em 2012. 


16 de out. de 2011

Para que serve mesmo o IBAMA?

Segundo o presidente do IBAMA, Curt Trennepohl, o instituto para o qual trabalha serve para minimizar os impactos e não para cuidar do meio ambiente, mas acho que ele está um pouco desinformado, já que no site do instituto encontramos suas atribuições:

“Cabe ao IBAMA propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental; o zoneamento e a avaliação de impactos ambientais; o licenciamento ambiental, nas atribuições federais; a implementação do Cadastro Técnico Federal; a fiscalização ambiental e a aplicação de penalidades administrativas; a geração e disseminação de informações relativas ao meio ambiente; o monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito à prevenção e controle de desmatamentos, queimadas e incêndios florestais; o apoio às emergências ambientais; a execução de programas de educação ambiental; a elaboração do sistema de informação e o estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros e florestais; dentre outros.”

14 de out. de 2011

SA 8000 – o que é, pra que serve

Este é o terceiro post de uma série da qual trato sobre algumas ferramentas que podem ser empregadas por organizações das mais diversas localidades, áreas de atuação e portes que almejam tornar suas atividades mais sustentáveis. No primeiro post foram apresentadas diversas ferramentas de forma bem sintética. No segundo, detalhei a norma sobre gestão ambiental ISO 14001. Neste, será abordada a norma de responsabilidade social SA 8000.

Mas afinal, o que é responsabilidade social? Segundo website do Instituto Ethos (que foca suas ações no setor privado) pode-se definir esse termo como:

Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

11 de out. de 2011

Sustentabilidade na urbes: o Direito a cidade

http://dandi.blogspot.com/2011/06/direito-cidade.html
O Direito a cidade se define como o uso equitativo das cidades dentros dos princípios da sustentabilidade e da justiça social, segundo carta redigida no Fórum Social Mundial de 2005. A proposta é que as cidades sejam construídas para as pessoas, para a coletividade, para a realização da vida e não para a efetivação e espacialização do poder, por meio de interesses individuais políticos e econômicos.

8 de out. de 2011

Ecossocialismo: alternativa para a atual crise socioambiental

Já disse em outro post aqui, vivemos uma profunda crise socioambiental sem precedentes na história do homem neste humilde planeta azul, a qual ameaça a perpetuidade das mais diversas formas de vida. É uma crise que se manifesta a partir de uma mesma força estrutural – a expansão do sistema capitalista global.

Neste sistema, profundamente injusto, permite-se a apropriação privada do homem e da natureza e sua exploração, gerando lucros (e quanto mais, melhor!) para seus “donos”, enquanto o restante da sociedade e dos demais seres ficam com o ônus. O capitalismo já se perpetua por duzentos anos, e ao meu ver (e tantos outros também) ainda é principal empecilho ao pleno desenvolvimento do indivíduo e da sociedade humana.

7 de out. de 2011

Raul visionário: ele já sabia!

A Folha publicou em seu jornal virtual a mais nova peripécia do governador de SP, Geraldo Alckmin: a privatização das atividades em unidades de conservação do Estado. Por meio de parcerias, empresas interessadas em administrar as opções de lazer, como arborismo, restaurantes, rafting, dentre outras atividades, poderão fazê-lo. 

6 de out. de 2011

Responsabilidade no consumo

Em meu último post os comentários estiveram relacionados a questão do consumo na sociedade capitalista e como este tem provocado, direta ou indiretamente, os problemas ambientais.

Realmente está claro que é a partir do consumo e dos desejos da sociedade que as empresas balizam suas práticas e a exploração dos recursos naturais, mas e quando são estas próprias empresas que ‘criam’ nossas necessidades? Do tipo produtos Polishop.
http://consumidoreconsciencia.blogspot.com/2010_05_01_archive.html

3 de out. de 2011

O valor das coisas: do ouro sustentável ao ecologicamente fashion

http://opiniaosustentavel.blogspot.com
Dois artigos do mesmo site: Atitude Sustentável chamam a atenção. Um sobre o ouro se tornar mais sustentável e o outro sobre a moda, que agora se insere dentro do conceito de ecologicamente correto.

Nada é mais aceito atualmente, dentro da ideia de sustentabilidade, do que ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo e nesta onda todo mundo quer se inserir para hangariar novos públicos, principalmente aqueles que se preocupam com a questão ambiental.

2 de out. de 2011

As árvores do meio do caminho...

Árvores em estrada de Alagoas tem provocado acidentes. Esta deveria ser a chamada da notícia publicada hoje no site do Uol. Soa bizarro pra você?

http://privilegiosdesisifo.blogspot.com/2007/05/do-feliz-desvio.html
Pois é bizarro e é verdade. O estado de Alagoas, que administra a rodovia estuda retirar as árvores, localizadas as margens da estrada pois tem causado acidentes, dispondo a seres inanimados e fixos (ha ha, é bom salientar isso) a responsabilidade, inclusive pelas mortes. As 2.000 árvores cogitadas para serem retiradas estão localizadas as margens da rodovia AL-220 e pertecem a uma reserva ambiental que foi criada há 15 anos pela usina Porto Rico.
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