Não é de hoje que sabemos da
impossibilidade de alcançar a neutralidade científica. A começar porque somos
humanos e, por isso, seres construídos socialmente, com crenças, posições,
ideologias. E porque cientistas são, antes de serem pesquisadores, seres
humanos.
Para isso existem os métodos,
metodologias, comissões, orientadores, avaliações, bancas examinadoras, etc.
que apontam para o máximo de neutralidade possível, baseando a pesquisa e os
resultados somente em dados e fatos, tendo consciência inclusive das limitações
intrínsecas a própria ciência.
Também sabemos que as
instituições também não são neutras, elas respondem a determinados interesses,
principalmente quando são instituições públicas. O problema é quando estes
interesses não são os mesmos interesses públicos, ou seja, o desenvolvimento e o
bem estar da população.