Você deve conhecer um monte de
gente que separa o lixo em casa né?! Algumas inclusive tem aquelas lixeiras
coloridas, educativas pra separar ainda mais os resíduos.
Bom, segundo
uma pesquisa feita
em Brasília, quase 100% dos consumidores não descarta seu lixo nas praças de
alimentação, isto porque é um espaço ‘público’, imagina no privado. A
pesquisadora levantou que foram poucas as pessoas que jogaram seus resíduos no
lixo (não estamos nem falando em separá-los) e que isso está muito associado a
presença dos funcionários da limpeza nas praças de alimentação, como se
estivessem ali para fazer aquilo que é sua obrigação.
O discurso é ainda mais
ordinário, dizem que fazem isso pra dar emprego, assim como devem jogar lixo no
chão para dar emprego ao gari...que tal o suicídio para dar emprego ao
coveiro?! E não faça sujeira por favor, morte limpa tá?!
Sobre a questão dos “serviçais”,
algumas pesquisas tem apontado para uma mudança neste comportamento, não porque
esteja se construindo uma sociedade mais humana, que considere os funcionários
ligados à limpeza como seres humanos, mas porque estes empregados tem
conseguido empregos melhores, com salários melhores e com maior respeito
socialmente.
Mais especificamente sobre as empregadas domésticas, sua origem remete ao período colonial e é um resquício
até hoje, estando a classe média e alta (as mesmas que frequentam os shoppings)
acostumada a ter empregados a seu redor, fazendo aquilo que é sua
responsabilidade. No entanto, alguns comportamentos terão de mudar na marra, já
que estas trabalhadoras tem conquistado poder de escolha e se retirado dos
espaços domésticos, onde ainda são consideradas “como da família” (quem nunca
ouviu isso?...como se não realizassem um trabalho).
Ainda sobre a pesquisa, outras
conclusões foram tiradas, como a presença de orientações sobre a mesa levam a
um comportamento positivo no sentido de jogar os resíduos no lixo, indo para
além do impacto ambiental, dando ênfase a dimensão moral da conduta, até porque
como já escrevemos em outros posts, a preocupação ambiental passa muito mais
perto da boca do que do cérebro.