tag:blogger.com,1999:blog-69035456274799770402024-03-13T14:13:36.722-07:00Na BeiradaPensamentos, opiniões, reflexões, críticas... tudo com viés ambiental.Na Beiradahttp://www.blogger.com/profile/13489422156089457787noreply@blogger.comBlogger89125tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-9546572916217876572012-09-07T14:26:00.002-07:002012-09-07T14:27:36.899-07:00Cadê a postura ideológica? E a cara de Pau, Embrapa?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-yz6sjhT_wgg/UEpmUu1wB-I/AAAAAAAAAVg/lD9iv3IOeDc/s1600/Titeres.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-yz6sjhT_wgg/UEpmUu1wB-I/AAAAAAAAAVg/lD9iv3IOeDc/s1600/Titeres.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é de hoje que sabemos da
impossibilidade de alcançar a neutralidade científica. A começar porque somos
humanos e, por isso, seres construídos socialmente, com crenças, posições,
ideologias. E porque cientistas são, antes de serem pesquisadores, seres
humanos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para isso existem os métodos,
metodologias, comissões, orientadores, avaliações, bancas examinadoras, etc.
que apontam para o máximo de neutralidade possível, baseando a pesquisa e os
resultados somente em dados e fatos, tendo consciência inclusive das limitações
intrínsecas a própria ciência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também sabemos que as
instituições também não são neutras, elas respondem a determinados interesses,
principalmente quando são instituições públicas. O problema é quando estes
interesses não são os mesmos interesses públicos, ou seja, o desenvolvimento e o
bem estar da população.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso tudo ficou claro
recentemente quando a pesquisadora da Embrapa Débora Calheiros obteve ganho de
causa quando foi perseguida pela chefia local após divulgar resultados de uma
pesquisa que apontava que as 135 hidrelétricas em construção no Pantanal
acarretariam sérios problemas ao regime de cheia e danos irreversíveis ao bioma.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lfmTplejPJw/UEpmTw9T7wI/AAAAAAAAAVY/VEQBFzyGs2U/s1600/Censorship.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="http://2.bp.blogspot.com/-lfmTplejPJw/UEpmTw9T7wI/AAAAAAAAAVY/VEQBFzyGs2U/s320/Censorship.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A liminar concedeu a paralisação
das emissões de licenças ambientais das hidrelétricas na Bacia do Alto Paraguai
e que nenhuma licença seja emitida até que a Avaliação Ambiental Estratégica de
toda bacia seja realizada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A situação é muito pontual e
apresenta o compromisso que poucos pesquisadores possuem com seus objetos de
pesquisa. A pesquisadora também é acusada de insubordinação e de ser ideológica
no exercício da função. Agora me diga: o que não é ideológico?! Acho que apenas
a limitação que o acusador tem em relação ao conceito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais do que isso, o evento aponta
a manipulação e controle que os interesses privados detém sobre as instituições
públicas que deveriam estar trabalhando em prol do desenvolvimento do país. No
caso, a própria Constituição Federal descreve que o poder público tem o dever
de conservar a qualidade ambiental do Pantanal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Especificamente em relação a
Embrapa, outros interesses tem pontuado a atuação da instituição, bastante
vinculada a pesquisa e liberação dos transgênicos no país, como em relação ao
feijão transgênico, liberado às pressas pela empresa em setembro de 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Assim, a postura ideológica e unilateral da
Embrapa e de outras empresas são posta a prova aos poucos. O que não deve ser
aos poucos é a perda de credibilidade que ganham, perdendo assim qualquer
potencial de referência tanto para a ciência como na boca do povo.</span></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Fonte: </span></span><a href="http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/debora-calheiros/">Centro de Estudos Ambientais</a><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-74308626232240967992012-09-07T13:48:00.000-07:002012-09-07T13:48:38.100-07:00Metodologia para uma educação ambiental de qualidade<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em <a href="http://revistaea.org/artigo.php?idartigo=1332&class=02">artigo de Edson Grandisoli</a> é
apresentada uma metolodologia que visa alcançar os objetivos de um projeto de
educação ambiental, fazendo também uma crítica sobre a falta de eficiência e o baixo impacto dos projetos hoje aplicados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tal crítica não é nova, visto que
a problemática ainda é presente e está longe de ser resolvida, até porque esta
é uma questão que não pode ser resolvida apenas com ação civil, como já
apontamos em outros posts.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-QYoWJNAeOnM/UEpcjzceaMI/AAAAAAAAAU8/1vuL2ypCT18/s1600/lucy-autrey-wilson-9-papagaios-na-laranjeira-oleo-sobre-tela-1-m-x-1m.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="http://1.bp.blogspot.com/-QYoWJNAeOnM/UEpcjzceaMI/AAAAAAAAAU8/1vuL2ypCT18/s320/lucy-autrey-wilson-9-papagaios-na-laranjeira-oleo-sobre-tela-1-m-x-1m.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, muitas vertentes da
educação ambiental acreditam nisso, naquele tema recorrente de “faça sua parte”.
Então, é para estes educadores ambientais que escrevo este post, quem sabe está
metodologia coloque-os diante das incongruências de seus projetos e práticas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para Grandisoli, muitos projetos
de educação ambiental não tem sucesso devido a ausência de um plano de ação que
contenha um diagnóstico do problema, um planejamento estratégico e uma
avaliação de resultados. Tais etapas, as vezes são superadas pela vontade de ação
do educador, que acredita conhecer profundamente a problemática na qual se
insere, mas que nem por isso elimina a necessidade de cada uma delas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A primeira etapa é um diagnóstico
do problema a ser trabalhado. Para isso, o contato com os diferentes atores é
fundamental para compreensão da totalidade da questão. Abranger a manignitude
de um problema ambiental exige recortes, mas que ainda assim não se desliguem
de uma análise totalizante. Por isso, Grandisoli lembra que muitos projetos de
educação ambiental não fazem o diagnóstico por suas dificuldades intrínsecas,
sejam técnicas, humanas ou financeiras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem diversas formas para
elaboração de um diagnóstico e não cabe aqui neste post apresentá-las. Também é
importante salientar que existem realidades e realidades e nem sempre um mesma
maneira de realizar um diagnóstico pode ser repetida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A segunda etapa é o planejamento
estratégico. De acordo com o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
e Responsabilidade Global, um planejamento estratégico tem que ter:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Enfoque interdisciplinar e
holístico</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Ser um ato político</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Facilitar a cooperação mútua e
equitativa nos processos de decisão</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Potencializar o poder de
diversas populações na condução de seus próprios destinos e,</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Auxiliar na resolução de
conflitos de maneira justa e humana</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentre os itens acima, alcançar a
construção de um ato político acredito ser a mais dispensiosa em termos de
energia do educador, visto que para isso exige uma construção histórica junto a
problemática, o que por sua vez envolve diferentes atores sociais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E por fim, a ação sobre o
problema diagnosticado. Para definir como será desenvolvida a intervenção é
importante considerar três itens:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Definição de objetivos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Elaboração de atividades</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Avaliação dos resultados</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As intervenções possíveis para
educação ambiental são as mais variadas e existem diversas publicações com
sugestões divididas por assuntos, público alvo, espaços específicos, etc.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quanto a avaliação dos
resultados, Grandisoli considera o grande ponto fraco dos projetos de educação ambiental,
isto porque as avaliações não são incorporadas como uma parte da intervenção,
assim as avaliações são feitas, mas não promovem ajustes nem redirecionameto
das atividades e, portanto, sem melhoramentos contínuos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Y3XuuRnAHns/UEpdVroF34I/AAAAAAAAAVE/WMV4IGRgyXw/s1600/uma_aarvore_com_atitude.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-Y3XuuRnAHns/UEpdVroF34I/AAAAAAAAAVE/WMV4IGRgyXw/s320/uma_aarvore_com_atitude.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Já que nos falta atitude, está árvore nos ensina...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desse modo, considero que uma
parte significativa da educação ambiental realizada no Brasil ainda acontece de
forma amadora, tanto em termos técnicos como humanos, com educadores com
formação deficiente, sem fundamentação teórica, sem propostas pedagógicas, sem
o conhecimento claro e profundos das questões ambientais.</div>
<div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-21526563600289490452012-07-04T06:45:00.003-07:002012-07-04T06:49:13.876-07:00Só a iniciativa comunitária pra financiar as necessidades de pobre<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JY2QM7zpqOQ/T_RIqyg7mMI/AAAAAAAAAUY/Si-fOHQGLf4/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="http://2.bp.blogspot.com/-JY2QM7zpqOQ/T_RIqyg7mMI/AAAAAAAAAUY/Si-fOHQGLf4/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Taí uma daquelas boas notícias.
Um comunidade carente em Brasília se organizou e criou o <a href="http://www.pavablog.com/2012/06/08/comunidade-carente-lanca-banco-comunitario-no-df/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+pavablog+%28PavaBlog%29">Banco Comunitário Estrutural</a>,
que tem como objetivo dar crédito aos moradores da Estrutural, a quem trabalha,
mas não tem carteira assinada, aos autônomos, aos que tem dívidas e necessitam
de empréstimo, dentre outras situações variadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ideia é que a própria
comunidade determine quem pode ou não receber crédito do banco comunitário,
considerando para isso o elo que o cliente estabelece com a comunidade, seu
histórico que levou a dívidas com outros bancos...aqui sim está a proposta de
personalização e mais, de humanização, como diz o artigo: é a humanização das
relações econômicas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom seria mesmo se não fosse
preciso dinheiro para mediar as relações humanas e trocas pudessem ser feitas
simplesmente com o fim de suprir necessidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta do Banco Estrutural é
atender as necessidades dos moradores da comunidade, que não podem se supridas
com a ajuda de bancos tradicionais, posto que neste não tem crédito. Assim a
obtenção de lucro é uma consequência e tem outra definição, não necessariamente
vinculado ao ganho monetário, mas a qualidade de vida e desenvolvimento social
da comunidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-pBm4eAESA6w/T_RInzjBgdI/AAAAAAAAAUQ/neevil7wPi0/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-pBm4eAESA6w/T_RInzjBgdI/AAAAAAAAAUQ/neevil7wPi0/s1600/images+%25281%2529.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso me lembra o banqueiro do
pobres, Yunus que desenvolveu o banco Grameen, para oferecer microcrédito a
mulheres na Índia. Sua proposta tem uma série de problemas de cunho social que
já apontei no post <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2011/08/mulheres-e-economia.html">Mulheres e a Economia</a>,
que em síntese está no campo da ineficiência em produzir uma mudança estrutural
ou promover uma crítica ao modelo econômico excludente que força o surgimento
de iniciativas populares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este é justamente o ponto que o
Banco Estrutural se diferencia das outras iniciativas como o Grameen, ao
possibilitar uma assistência a estes clientes carentes, que produza mudança e
melhoria da qualidade de vida, questionando a estrutura excludente em que estão
inseridos e que os mantinha em sobrevida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outras iniciativas como estas se
reproduzem pelo Brasil. No <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2011/08/economia-solidaria-agroecologia.html">Bairro Guapiruvu</a>, no Vale do Ribeira-SP, a
comunidade organizou uma proposta de microcrédito com juros apenas para manter
o serviço e com recursos da própria comunidade, tendo como objetivo apoiar os
produtores rurais que, vinculados a cooperativa CooperAgua retém a produção
para vendê-la a um preço justo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que fica pra mim é a
necessidade de nos desligarmos dos “tomadores de decisão”, eles estão distante
demais das realidades do povo e/ou não tem interesse algum em resolvê-las. Como
Boaventura de Souza Santos diz, agora é fundamental que as organizações da
sociedade civil sejam capazes de se associar, articular e organizar as lutas
comuns, sem depender da ação de grandes escalões dos governos.</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-24478439154569836782012-07-02T15:46:00.000-07:002012-07-02T15:46:00.097-07:00A clareza de Boaventura de Souza Santos<a href="http://4.bp.blogspot.com/-3_6QtE8igbI/T-4wEnDeT0I/AAAAAAAAAUE/Cy37vkLGZNQ/s1600/fim-da-rio-mais-vinte-220612-alecrim-humor-politico1-247x92.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="119" src="http://4.bp.blogspot.com/-3_6QtE8igbI/T-4wEnDeT0I/AAAAAAAAAUE/Cy37vkLGZNQ/s320/fim-da-rio-mais-vinte-220612-alecrim-humor-politico1-247x92.jpg" width="320" /></a><br />
<div class="MsoNormal">
Se posicionando em relação à Rio+20 e à Cúpula dos Povos, o
professor Boaventura de Souza Santos pode dar um parecer muito esclarecedor,
daquele tipo que sempre queremos ouvir de alguém que pensa a sociedade de forma
crítica e nos aponta direções.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a>Disse que a Rio+20 foi a porcaria que todos nós sabemos e
temos lido por aí, mediados pela cortina de fumaça que a economia verde cria só
para facilitar a gestão dos recursos naturais pelos empreendimentos
capitalistas, sendo inclusive um retrocesso quando comparada a Eco-92, já que a
primeira produziu compromissos obrigatórios (ainda que não foram alcançados) e
criou as responsabilidades diferenciadas em relação aos impactos ambientais.<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já a Cúpula dos Povos teve, segundo o professor, um papel
simbólico ao dar voz às demandas e críticas dos povos, movimentos e
organizações populares, mostrando a capacidade<span style="background-color: white;"> de organização de uma agenda
socioambiental que contemple a heterogeneidade de ser no mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
No entanto, pontuou a dificuldade que os movimentos,
organizações, povos e todos nós temos em construir junto, no caso agendas
agregadoras, em unificar necessidades, mobilizações e lutas. Agregar agendas não
fere autonomias, apenas consolida e legitima ainda mais os que estão
envolvidos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para Boaventura, a maior dificuldade é encontrar os pontos
em que as agendas podem ser agregadas. Nossa visão cartesiana e mecanicista, a
qual somos ensinados desde pequenos, compartimenta e rotula quase tudo e neste
bolo estão as lutas populares. Para ele, lutas agregadoras são aquelas que
conseguem confluir demandas. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não me parece ser difícil se houver espaço, se as portas da
percepção estiverem abertas, na melhor de William Blake.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fonte da entrevista do professor: <a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/06/27/boaventura-de-sousa-santos-a-economia-verde-e-um-cavalo-de-troia-invisivel/">Ecodebate</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-3412094128136719592012-06-29T14:56:00.000-07:002012-06-29T14:57:12.788-07:00O relatório final da Cúpula dos Povos<br />
<div class="MsoNormal">
Já publicamos aqui um<a href="http://na-beirada.blogspot.com/2012/04/cupula-dos-povos-rio20.html"> post sobre a Cúpula dos Povos</a>, que
terminou agora dia 22 de junho com a publicação do <a href="http://cupuladospovos.org.br/2012/06/declaracao-final-da-cupula-dos-povos-na-rio20-2/">relatório final do evento</a>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A cúpula não existiria não fosse a Rio+20, afinal foi com o
objetivo de ser um contraponto e dar voz a sociedade civil que foi organizada e
para tanto não poderíamos esperar um relatório final que fosse uma continuação da
proposta da Rio+20.<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No entanto, o relatório final não disse nada além do que
esperávamos antes de seu acontecimento e poderia muito bem ter sido escrita
antes mesmo do evento ocorrer tão repetido é o discurso, a luta ainda é a mesma,
em defesa dos bens comuns e contra a mercantilização da vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-DPW9TcKkVo4/T-4j3zRI8VI/AAAAAAAAAT4/CTa0FcSoLsY/s1600/marcha-dos-povos-600x340.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/-DPW9TcKkVo4/T-4j3zRI8VI/AAAAAAAAAT4/CTa0FcSoLsY/s400/marcha-dos-povos-600x340.jpg" width="400" /></a>Também é sabido as dificuldades de se organizar um evento
com tamanha pluralidade de participantes, heterogeneidade de reivindicações que
deveriam, de alguma forma, estar contemplados no relatório final, somado a isso
são poucos eventos internacionais que tem o potencial de reunir tanta gente interessada
no bem maior, por isso a crítica não é de todo negativa.</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;">O que fica representado pra mim é que, apesar dos esforços
das organizações e movimentos populares e povos representados que participaram
ou não da Cúpula, que propõem uma nova visão de mundo, uma real mudança vai
depender de mais do que ações individuais, posto que somente uma ruptura
estrutural com a gestão capitalista do mundo provocará uma mudança significativa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Neste caso, acho que o relatório está bem ciente ao
finalizar com uma chamada a criação de uma data mundial de greve geral que
atenda a todas as reivindicações de todos os povos, movimentos e organizações e
ao mesmo tempo não seja específica a nenhum deles, todos são urgentes, com
necessidades de atendimento para ontem.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Assim, nada de calma, (somente quando se tratar de organização), no restante é um momento de luta, de reivindicação, mobilização e participação, agressiva ou não, a medida quem dá são eles e não nós.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-vyr1jkhWaiA/T-4j17yATXI/AAAAAAAAATw/_Bb0eJWqGuE/s1600/532528_381164695277941_1120940812_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-vyr1jkhWaiA/T-4j17yATXI/AAAAAAAAATw/_Bb0eJWqGuE/s320/532528_381164695277941_1120940812_n.jpg" width="267" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-76379100710835589842012-05-27T19:03:00.002-07:002012-05-27T19:04:09.574-07:00INPE lança cartilha sobre meio ambiente e sustentabilidade<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa, essa cartilha é a master
furada!! Leiam e não me desenganem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lNuCxHwLxik/T8LblbQgB_I/AAAAAAAAATI/II0cGiI_wVM/s1600/rio-20-inpe-cartilha-o-futuro-que-quermos-117x170.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-lNuCxHwLxik/T8LblbQgB_I/AAAAAAAAATI/II0cGiI_wVM/s1600/rio-20-inpe-cartilha-o-futuro-que-quermos-117x170.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A cartilha intitulada <a href="http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/RIO+20-web.pdf">"O futuro que queremos - Economia verde, desenvolvimentos sustentável e erradicação da pobreza"</a> apresenta toda a introdução da questão ambiental, desde a ECO-92
até os dias de hoje na RIO+20, com todo o otimismo dos ambientalistas abraça
árvore que esperam que líderes mundiais venham a salvar o planeta, até porque
já ficou bem claro onde cabe a participação popular neste evento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não vou retomar a crítica da
sustentabilidade e da economia verde, que já exaurimos por <a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/10/economia-verde.html">aqui</a>, mas algumas
frases apresentam claramente (ou não) a ideologia que rege a publicação. Eis a
pergunta já na página 8: “É preciso abandonar ou reduzir drasticamente o uso de
tudo que conquistamos em termos de consumo e tecnologia do mundo moderno, para
viver de maneira sustentável?”...1º: nós quem??? Quem somos esse nós?! Até onde
tenho lido esse mundo de tecnologia e consumo não faz parte da totalidade dos
moradores da Terra, aliás da minoria deles, portanto enquanto se consome no mundo
do conto de fadas se produz no mundo de verdade, e não simplesmente, mas as
custas de vidas, trabalho e exploração do homem e da natureza, assim para viver
de maneira sustentável, sim, você terá que abrir mão de suas tecnologias e
consumo ilimitado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um ponto importante e positivo é
que não houve incentivo as hidrelétricas como fonte de energia, já que muitos
(inclusive e principalmente o governo) insiste em afirmar que as hidrelétricas
são uma fonte sustentável de energia, só porque utilizam um recurso renovável,
desconsiderando todo o impacto ambiental e humano da obra, mas também já
falamos sobre isso por <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2011/09/energia-sustentavel-hidreletrica.html">aqui</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E mais uma vez na página 10 eles
generalizam o mundo, sem diferenciar os que consomem e os que produzem:
“Estudos mostram que desde os anos 80 a demanda da população mundial por
recursos naturais é maior do que a capacidade do planeta em renová-los.” Desde
bem antes dos anos 80 a desigualdade não permite que todos os representantes
humanos consumam da mesma maneira, e isto inclui itens básicos para a vida,
como água de qualidade e alimentos, portanto e novamente é uma parte pequena da
população que tem demandado da natureza tamanha quantidade de recursos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A parte de redução da pobreza é
ótima, já que segundo a publicação temos que dar condições aos países menos
desenvolvidos de encontrar caminhos para se adaptar e sobreviver, no caso se
adaptar e sobreviver diante da previsão do aquecimento global. Neste caso, já
fica claro que as mudanças realmente acontecerão (apesar deste evento ainda não
ser um consenso científico). Depois me pergunto que condições seriam estas?
Começando por devolver os bens naturais expropriados, igualdade de voto em
organizações mundiais, nacionalizar empresas públicas e acreditar que os países
subdesenvolvidos sabem o que é melhor para eles, e para longe com esse papinho
de auxiliar o desenvolvimento?! Que tal começarmos por estas ajudas?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O CEMADEN, citado na publicação
realmente tem um papel importante na gestão dos desastres naturais, no entanto
é uma ação de gestão de desastres e não sobre a solução dos problemas. Uma parte
importante das consequências dos desastres naturais, como enchentes e
deslizamentos é a ausência do Estado em oferecer boas condições de moradia a
população mais pobre, ao invés de incentivar a especulação imobiliária. <a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/09/desastres-naturais-brasil.html">Também temos um post sobre isso</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A erradicação da pobreza, citada
na página 14 é um caso maior, que vale um post a parte. O fim da pobreza é uma
questão política e não econômica ou ambiental, em primeira instância como
discute muito bem E<a href="http://www.ecodebate.com.br/2011/08/02/os-porques-da-fome-artigo-de-esther-vivas/">sther Vivas</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As iniciativas científicas em
prol das questões ambientais mostram como as agências de financiamento à
pesquisa é ideológica e privilegia projetos que legitimem determinada linha de
pensamento sobre a problemática ambiental, assim as ciências humanas, que
muitas vezes atingem o problema radicalmente, tem permanecido no limbo da
produção científica.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E por fim o capítulo “O futuro
que queremos”, em menção ao relatório publicado pela ONU. O primeiro item diz
que nossas práticas consumistas atentam a manutenção na natureza, por que então
se permite a produção industrial da forma como está? A propaganda livre e pouco
regulamentada como está? E a obsolescência programada que já falamos por aqui,
por que ainda existe e é permitida?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No item 2: Por que ainda se
permite a produção de equipamentos não tão econômicos se já se tem dominada a tecnologia
de produtos eficientes em termos de energia? A quem serve a produção de
equipamentos ineficientes?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Item 3: Se são as indústrias de
papel e celulosa as grandes poluidoras e consumidoras de água, por que eu
(enquanto sociedade civil) tenho de economizar papel!????!!! E se os papéis
reciclados são a solução para o problema, que tal diminuir seu preço?!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Item 4: Organizar coleta
seletiva? Pra quê?! Na maior parte dos municípios brasileiros só existem
lixões, lá os resíduos serão todos misturados novamente, o chorume não será
tratado e será deste material que muitas pessoas vão sobreviver. A dificuldade
de implementação da lei dos resíduos sólidos esta aí para mostrar o quão
comprometidos estão os governos com a questão ambiental.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-goEy0j8n_ho/T8LcwSNCRUI/AAAAAAAAATQ/PDrBUDPex_A/s1600/img20110701163043-LogoOFICIAL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-goEy0j8n_ho/T8LcwSNCRUI/AAAAAAAAATQ/PDrBUDPex_A/s1600/img20110701163043-LogoOFICIAL.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A EA Crítica não flore sua arvorezinha...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há itens até o número 8, não
deixe de lê-los com espírito crítico, nas entrelinhas do discurso
ambientalista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só pra finalizar, a publicação é
mais uma representante do mais do mesmo, ensinando crianças a jogarem lixo no
lixo, reciclar papel e não se discute as origens do problema, para bem longe da
educação ambiental crítica.</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-3836745324133983912012-05-23T18:56:00.000-07:002012-05-27T18:27:35.092-07:00O lixo dos shoppings e a conduta do usuário<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você deve conhecer um monte de
gente que separa o lixo em casa né?! Algumas inclusive tem aquelas lixeiras
coloridas, educativas pra separar ainda mais os resíduos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-StBDIwFUnk0/T7mgnDMlfTI/AAAAAAAAAS0/NXYnN4xXX9U/s1600/Lixo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-StBDIwFUnk0/T7mgnDMlfTI/AAAAAAAAAS0/NXYnN4xXX9U/s1600/Lixo.jpg" /></a>Bom, segundo <a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/04/30/pesquisadora-da-unb-demonstra-que-quase-100-nao-descartam-o-proprio-lixo-nas-pracas-de-alimentacao/">uma pesquisa</a> feita
em Brasília, quase 100% dos consumidores não descarta seu lixo nas praças de
alimentação, isto porque é um espaço ‘público’, imagina no privado. A
pesquisadora levantou que foram poucas as pessoas que jogaram seus resíduos no
lixo (não estamos nem falando em separá-los) e que isso está muito associado a
presença dos funcionários da limpeza nas praças de alimentação, como se
estivessem ali para fazer aquilo que é sua obrigação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O discurso é ainda mais
ordinário, dizem que fazem isso pra dar emprego, assim como devem jogar lixo no
chão para dar emprego ao gari...que tal o suicídio para dar emprego ao
coveiro?! E não faça sujeira por favor, morte limpa tá?!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sobre a questão dos “serviçais”,
algumas pesquisas tem apontado para uma mudança neste comportamento, não porque
esteja se construindo uma sociedade mais humana, que considere os funcionários
ligados à limpeza como seres humanos, mas porque estes empregados tem
conseguido empregos melhores, com salários melhores e com maior respeito
socialmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-9Vt15Qtinbo/T7mgvU6fPdI/AAAAAAAAAS8/fpTdP9oTO40/s1600/empregada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-9Vt15Qtinbo/T7mgvU6fPdI/AAAAAAAAAS8/fpTdP9oTO40/s200/empregada.jpg" width="133" /></a><a href="http://srtabia.com/2011/04/dia-nacional-das-trabalhadoras-domesticas/">Mais especificamente sobre as empregadas domésticas</a>, sua origem remete ao período colonial e é um resquício
até hoje, estando a classe média e alta (as mesmas que frequentam os shoppings)
acostumada a ter empregados a seu redor, fazendo aquilo que é sua
responsabilidade. No entanto, alguns comportamentos terão de mudar na marra, já
que estas trabalhadoras tem conquistado poder de escolha e se retirado dos
espaços domésticos, onde ainda são consideradas “como da família” (quem nunca
ouviu isso?...como se não realizassem um trabalho).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda sobre a pesquisa, outras
conclusões foram tiradas, como a presença de orientações sobre a mesa levam a
um comportamento positivo no sentido de jogar os resíduos no lixo, indo para
além do impacto ambiental, dando ênfase a dimensão moral da conduta, até porque
como já escrevemos em outros posts, a preocupação ambiental passa muito mais
perto da boca do que do cérebro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-57501149860350109182012-05-22T16:11:00.004-07:002012-05-22T16:14:18.878-07:00Planeta resiliente, pessoas resilientes - agora em portuguêsNo último dia 17 foi lançado em português o relatório da ONU<a href="http://www.onu.org.br/docs/gsp-integra.pdf"> "Planeta resiliente, pessoas resilientes - Um futuro digno de escolha".</a><br />
<br />
O relatório já foi tratado aqui no blog, antes deste lançamento, apontando as contradições intencionais do documento, mostrando a ausência de um projeto filosófico a ser seguido.<br />
<br />
Quem quiser ver mais, leia o post: Resiliência pra quê mesmo? <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2012/02/resiliencia-pra-que-mesmo.html">http://na-beirada.blogspot.com.br/2012/02/resiliencia-pra-que-mesmo.html</a><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-66309011938803086832012-05-20T17:47:00.000-07:002012-07-16T17:30:00.325-07:00Hipócrita e ordinário<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Saiu no começo do mês duas
notícias curiosas. <a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/05/07/pesquisa-do-ibope-diz-que-94-brasileiros-estao-preocupados-com-o-meio-ambiente/">Uma delas</a> dizia que 94% dos brasileiros se preocupam com as
questões ambientais, mantém boas práticas ambientais (diga-se reduzem o consumo
de água e energia, até porque isso tem uma relação direta com o bolso e não com
a consciência ambiental) e a maioria estaria disposta a pagar mais caro por
produtos ambientalmente corretos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na contramão, <a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/05/04/micro-e-pequenas-empresas-nao-acreditam-em-ganhos-financeiros-gerados-por-praticas-sustentaveis/">as micro e pequenasempresas não acreditam em ganhos financeiros gerados por práticas sustentáveis</a>.
Aí que entra a curiosidade, já que o mercado é mantido pelo consumo e os
consumidores disseram que pagariam mais por produtos verdes, o que os
empresários estão esperando?!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguém está sendo hipócrita, me
parece. Ou ambos.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Associado as ações da Agenda 21,
as boas práticas ambientais tem pouco vínculo com um questionamento político e
econômico mais amplo, muito associado a gestão do lar e o que o indivíduo pode
fazer (sozinho) para garantir um meio ambiente saudável, assim nada melhor do
que separar seu lixo, apertar menos a descarga, não gastar papel, etc...e o
melhor, diminuir o consumo de água e energia porque isso afeta diretamente seu
bolso, com poucos questionamentos a respeito do candidato político em que vota,
ou na geração de empregos verdes desde que seja garantido o crescimento
econômico do país e eu tenha o meu quinhão de miséria.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-5jYD52SEaOI/T7mP4N9MszI/AAAAAAAAASY/24gPSKT0Srg/s1600/dormir-para-salvar-a-terra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="http://3.bp.blogspot.com/-5jYD52SEaOI/T7mP4N9MszI/AAAAAAAAASY/24gPSKT0Srg/s640/dormir-para-salvar-a-terra.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A hipocrisia é tamanha que se
defende a desaceleração do crescimento devido ao avanço das mudanças
climáticas, mas ri a toa quando vê que a Petrobrás (“queridinha do Brasil”) vai
aumentar o número de empregos em um setor poluidor e que somente 18% dos brasileiros
está disposto a mudar seu consumo em prol do meio ambiente. Será que a
contradição tem que ser mais explícita?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Do outro lado, o empresariado
deve esperar algum tipo de subsídio econômico ou isenção fiscal para sua boa
prática ambiental, que em pouco se diferencia das práticas do lar, continua
reduzido a economizar energia, água e papel, novamente porque afeta diretamente
seu balanço no fim do mês. Os dados da pesquisa do Sebrae apontam: a maior
parte das empresas consultadas pratica todas as boas práticas acima, porém 51%
não utiliza material reciclado em seu processo produtivo, 83% não fazem
captação da água da chuva e 50% não recicla o lixo eletrônico ou pneus. Tudo
isso ainda é caro, dá trabalho, exige investimento e o retorno é pontual, e
como vimos, o consumidor não está assim tão interessado em produtos verdes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ademais, a boa prática ambiental
no setor privado, assim como no público deveria ser obrigação e não favor.
Convenhamos...que discurso é esse de pagamento por serviços ambientais que não
caminha?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E por fim, para 50% dos brasileiros
o principal questão ambiental do Brasil é o desmatamento na Amazônia, porque o
problema ambiental ocorre mesmo onde tem a cor verde no mapa né?! Nem mesmo há
consenso sobre quem é o maior responsável pela poluição ambiental, dividindo
entre indústria, sociedade civil e governos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Melhor mesmo é que esse negócio
de problema, questão ambiental fique assim sem dar nome aos bois porque ninguém
aparece como carrasco e a gente vai levando com pode, sem reflexão e ação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-W5n6u0YhxxA/T7mQXl3ilJI/AAAAAAAAASo/gZ-GWrEWrgU/s1600/charge_sp+moderna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="201" src="http://3.bp.blogspot.com/-W5n6u0YhxxA/T7mQXl3ilJI/AAAAAAAAASo/gZ-GWrEWrgU/s640/charge_sp+moderna.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Guardado o contexto, essa tirinha também cabe</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Atualizando este post (16/07/2012), a <a href="http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/07/11/apple-retira-seus-aparelhos-do-sistema-de-certificacao-ambiental-a-produtos-eletronicos-dos-eua/">Apple acaba de retirar seu aparelhos do sistema de certificação ambiental dos Estados Unidos</a>, o que isso significa?! Das duas, uma...ou as duas: não tem valor representativo manter boas práticas ambiental consolidando o termo "não compensa", porque o valor do produto não tem ganhos significativos e/ou o consumidor não dá valor para empresas com boas práticas ambientais. O fato torna-se ainda mais trágico quando as exigências da certificadora são limitados a facilidade de desmonte dos produtos com ferramentas comuns e a possibilidade de separar os componentes tóxicos.</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-58766817975579413982012-04-22T17:34:00.001-07:002012-04-22T17:37:50.108-07:00Bayer e a sustentabilidade<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi lançado o <a href="http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2012/04/18/abertas-inscricoes-do-programa-jovens-embaixadores-ambientais/">Programa Jovens Embaixadores Ambientais</a>, da <a href="http://www.bayer.com.br/">fabulosa Bayer</a> em conjunto com o PNUMA – Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-1MLF7JrMRK8/T5SimLZVG5I/AAAAAAAAALk/CgnTNrbe_7M/s1600/img_dest_turma_bayer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="158" src="http://2.bp.blogspot.com/-1MLF7JrMRK8/T5SimLZVG5I/AAAAAAAAALk/CgnTNrbe_7M/s320/img_dest_turma_bayer.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quem quer fazer parte? www.bayerpet.com.br</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Até aqui nada assusta,
principalmente para quem acompanha o blog
e sabe dos posicionamentos que temos. A associação entre empresas
privadas e organizações criadas para a coletividade não é nova e seus
princípios são condizentes com a sustentabilidade...criada para manutenção da
economia capitalista.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ademais, um programa voltado para
a sustentabilidade também está de acordo com o marketing da empresa, que
precisa associar a imagem de <a href="http://www.ecodebate.com.br/2008/08/29/alemanha-pesticidas-da-bayer-sao-acusados-da-morte-em-massa-de-abelhas/">produtora de venenos</a> com florestas tropicais preservadas,
sem falar na íntima relação com os ideais da economia verde e, antes disso, da
revolução verde...mas essa é uma história que não combina.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já falamos <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2012/02/educacao-ambiental-empresarial.html">aqui</a> também sobre a
presença da iniciativa privada na educação, mais especificamente promovendo e
controlando a educação ambiental nas escolas, seja oferecendo material,
assistência, formação, etc.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é intrigante é a capacidade
de dissociar o principal produto da Bayer e outras empresas químicas com os
danos ambientais que produzem, a ponto de promover um concurso nacional onde
jovens poderão apresentar seus trabalhos em prol da boa qualidade ambiental,
trabalho este que a Bayer tão pouco ajudou, nem mesmo incentivou, mas que irá
alavancar sua imagem de empresa sustentável. Pode isso, Arnaldo??!!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-N9GLWLA4AOY/T5Sim0evtnI/AAAAAAAAALs/lweUTvOK1PU/s1600/zyklon_b_143901.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-N9GLWLA4AOY/T5Sim0evtnI/AAAAAAAAALs/lweUTvOK1PU/s200/zyklon_b_143901.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para quem não sabe, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bayer">Bayer</a> é a
4º multinacional do mundo do ramo farmacêutico e químico que produz desde
remédios veterinários a emagrecedores, pomadas e aspirinas, para citar os mais
conhecidos. Um dos produtos <i>“joinha”</i> da Bayer foi Zyklon B, usado em câmaras de
gás na 2º Guerra Mundial, pelo qual a empresa foi condenada pelo assassinato
massivo de judeus. Hoje, distante dessa imagem histórica “ruim”, a Bayer é uma
das líderes mundiais na inovação e produção de pesticidas, sementes, biotecnologia
e engenharia genética de alimentos, ou seja,<a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/09/transgenico-feijao-simbolo.htm"> transgênicos</a>...nada mal para
melhorar a imagem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, está não é uma
questão relacionada especificamente com a Bayer, mas todas as empresas que
transmitem uma imagem de sustentável, quando suas práticas são incompatíveis
com o modelo que apresentam. Agora, a bola da vez é a Bayer...ela pediu.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mesmo pode ser visto em empresas
com a <a href="http://www.sustentabilidade.org.br/vitrine_det.asp?codigo=154&codCateg=4">Vale do Rio Doce</a>, <a href="http://www.anpei.org.br/imprensa/noticias/noticia-561/">Aracruz</a>, <a href="http://www.monsanto.com.br/sustentabilidade/sustentabilidade.asp">Monsanto</a> (todas com programas na área ambiental) e uma infinidade de outras, só pra
citar as que estão mais presentes na mídia...nos meios de comunicação
alternativo é possível encontrar uma infinidade de denúncias contra estas e
outras empresas, agora sim associadas com a falcatrua do socioambientalismo. De
chorar é quando as ações sustentáveis destas empresas são mediadas por
organizações que realmente se empreendaram em prol do meio ambiente, mas foram
cooptadas ou já objetivaram suas ações neste sentido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, não é só. O jovem
concorrente ao concurso da Bayer ainda tem mais chances de ganhar se fizer uma
votação em redes sociais, dando maior visibilidade para seu projeto ambiental,
ou melhor, para a Bayer...que não está pagando nada por isso e você, jovem
engajado, está trabalhando de graça! (Para algo que muitas vezes nem
acredita...é como tirar pirulito de criança).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-9PTG1GE_PtA/T5SikyVvfBI/AAAAAAAAALc/qPWqov1rq4c/s1600/agrotoxico_pesticidas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="252" src="http://4.bp.blogspot.com/-9PTG1GE_PtA/T5SikyVvfBI/AAAAAAAAALc/qPWqov1rq4c/s320/agrotoxico_pesticidas.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E, por fim, o que se ganha?
Bom...se você tem entre 18 e 24 anos, CONSEGUIU chegar ao ensino médio ou a
faculdade ao a pós-graduação (afinal, isso tudo ainda é privilégio) e ganhou o
concurso, você recebe um prêmio que pode variar de R$ 2 mil a R$ 15 mil
reais...em bolsa de estudo ou financiamento para o seu projeto (claro que este
não pode estar associado a educação ambiental crítica), conhecerá um destino
ecológico e terá aulas de sustentabilidade. Já para os que falam inglês (outro
privilégio) poderão conhecer a sede da Bayer ( e quem sabe ganhar umas amostras
de veneno).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já passei da idade, mas se estivesse,
diria: Não, obrigada!</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-24368631608465005912012-04-20T11:41:00.001-07:002012-04-20T11:47:34.830-07:002º Manifestação antivivissecção e experimentação animal - Indignação e informação<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acontecerá agora no dia 28 de
abril, as 15 horas a 2º manifestação antivivissecção e experimentação animal,
ou seja, a utilização de animais na pesquisa ou na educação para criação,
pesquisa, formulação de medicamentos, testes em cosméticos, dentre outras “utilidades”.
O manifesto foi idealizado pelo grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais e
WEEAC – World Event to End Animal Cruelty.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-_HLgzvA__MY/T5GtFqYkPrI/AAAAAAAAALE/kv8njvGXRq4/s1600/563863_359308467444146_100000949877661_987106_1195491366_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-_HLgzvA__MY/T5GtFqYkPrI/AAAAAAAAALE/kv8njvGXRq4/s320/563863_359308467444146_100000949877661_987106_1195491366_n.jpg" width="225" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O evento está programado para
acontecer em todas as capitais e em alguns municípios brasileiros e no exterior,
saiba se vai acontecer em sua cidade ou organize uma ação coletiva! O importante
é que a ação possa apresentar as principais formas de testes e experimentações
usadas hoje, as alternativas e as empresas e universidades que ainda fazem uso
da vivissecção e experimentação animal, dando visibilidade a questão e
informando a população que existem alternativas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para o grupo organizador, uma das
principais motivações para o manifesto é expor a falácia do discurso utilizado
pela ciência ao afirmar que os experimentos em animais são necessários para a
segurança dos seres humanos, posto que os procedimentos não garantem a
segurança para a sociedade e nem apontam caminhos precisos, do ponto de vista
científico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #444444; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span></span><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">“É grande o número de drogas
aprovadas que são recolhidas das prateleiras no prazo de um ano após sua
colocação no mercado. O motivo deste recolhimento é a detecção de efeitos
colaterais na população humana, efeitos estes que não haviam sido detectados em
testes em animais</span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">”, afirma o biólogo Sérgio
Greif, autor do livro A verdade face da experimentação animal: a sua saúde em
perigo.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-5LzNl5dtkJM/T5GtTrAiA6I/AAAAAAAAALU/G9nLwGUxSlo/s1600/programaanimalpress_8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-5LzNl5dtkJM/T5GtTrAiA6I/AAAAAAAAALU/G9nLwGUxSlo/s320/programaanimalpress_8.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Soma-se ao fato de
ser associada expectativa de vida com desenvolvimento de medicamentos e
tratamentos que dispomos atualmente, sem passar pelo crivo crítico que
condições adequadas de saneamento básico, moradia e segurança alimentar atuam
diretamente sobre a qualidade de vida.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vivissecção e experimentação
animal não está reduzida aos laboratórios farmacêuticos, ela acontece também
acontece em faculdades de medicina, veterinária, enfermagem, odontologia,
dentre outras com cunho educativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na Europa e nos Estados Unidos
muitas faculdades de medicina já utilizam procedimentos substitutos, inclusive
Harvard, desvinculando assim a qualidade de educação com práticas cruéis de ensino.
Já na Inglaterra e alemanha, a utilização de animais para fins educativo foi abolida
e é proibida por lei em toda a Grã-Bretanha.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-B4WIc-M_qjU/T5GtNyw3mVI/AAAAAAAAALM/YYRNIOhRufQ/s1600/cartazobjecaoula-723x1024.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-B4WIc-M_qjU/T5GtNyw3mVI/AAAAAAAAALM/YYRNIOhRufQ/s320/cartazobjecaoula-723x1024.jpg" width="225" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A lei de Objeção de consciência
está aí para que estudantes não se sujeitem mais a estes procedimentos
degradantes, o que permite, por lei que ninguém faça nada que seja contra suas
crenças e posições políticas e/ou religiosas, no entanto, o número de
estudantes que objetam ainda é pequeno e compreensível se considerarmos as
pressões acadêmicas e sociais de quem questiona o <i>status quo,</i> já que coloca em debate práticas estabelecidas e a
liberdade acadêmica. A objeção de consciência também apresenta-se como um ato
de democracia e do grau de consciência social de um país.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>"O estudante que
se recusa a participar de atividade que parece ser ou é cruel aos animais deve
ser encorajado e não desestimulado. Compaixão é muito mais difícil de se
ensinar do que anatomia." </i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Neal D. Barnard, MD
- Psiquiatra, 1995.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para quem quiser saber mais sobre
antivivisecção e experimentação animal, já escrevemos sobre isso no post: <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2011/10/vivisecccao-educacao-pesquisa.html">Bracvam: contra a vivissecçção e dissecação</a> e foram produzidos alguns vídeos para
apresentar melhor o debate, não deixe de assistir para se posicionar!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=olyMkGAS7Ik&feature=youtu.be">Vivissecção: A psicopatia da pseudo ciência</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-58345133781505967172012-04-15T14:54:00.000-07:002012-04-15T14:54:18.107-07:00Princípio da Proibição do Retrocesso Ambiental<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-9dv710pJKOU/T4tDVM7kGVI/AAAAAAAAAK8/GCrUR8GB7ow/s1600/naturezamorta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="http://3.bp.blogspot.com/-9dv710pJKOU/T4tDVM7kGVI/AAAAAAAAAK8/GCrUR8GB7ow/s200/naturezamorta.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Princípio da Proibição do Retrocesso Ambiental é como o nome diz, não permitiria que houvesse um retrocesso nas leis ambientais demandadas por necessidades futuras. Um bom exemplo é o novo Código Florestal, que irá diminuir as áreas protegidas, dentre outras novidades, com claros interesses da bancada ruralista.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O princípio ainda está em discussão e por isso foi assunto para o Colóquio internacional Princípio da Proibição do Retrocesso ambiental, com participação do Senado Federal, STJ e Embaixada da França (?).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um dos participantes foi o Prof.<span style="background: white;"> Michel Prieur (Professor da Universidade de Limoges</span>) que propôs que a medida fosse pauta da Rio+20, (claro, até parece que quem organiza o evento está a fim de ferir seus próprios interesses), mesmo assim foi elaborado um relatório e enviado a ONU em novembro de 2011; também colocou que a ideia do princípio não é nova, já existindo na Declaração dos Direitos Humanos e na Declaração específica do Direito Ambiental, no entanto sem poder de cobrança, com poder de lei.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Uma situação desta condição pode ser vista quando da liberação das obras de Belo Monte, onde o modo como foi operado o licenciamento feriu os direitos humanos, acordo interamericano assinado pelo governo brasileiro, e mesmo com medidas cautelares solicitadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos a posição truculenta do Estado foi mantida, ferindo um compromisso internacional e manchando a imagem do país.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Recentemente, a <a href="http://www.palmares.gov.br/?p=19083">PEC215</a> foi assinada, também caracterizando um caso de retrocesso ambiental e, caso o princípio de proibição já estivesse assinado, poderia ser levantado como uma medida cautelar. A título informativo, a PEC 215 é uma Proposta de Emenda Constitucional que vai deliberar sobre a criação de áreas quilombolas, indígenas e unidades de conservação, tirando do poder executivo a prerrogativa de criação dessas áreas. Na prática, o processo ficará muito mais lento e as terras já homologadas precisarão de um decreto de lei para existir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Neste sentido, é importante que, caso venha a ser efetivado, o Princípio da Proibição seja bem claro em seu intento, visto que a lei tem permitido muitas leituras e o direito ambiental tem sofrido diversos viéses, principalmente com a crise econômica que tem se pontuado internacionalmente e colocado a questão ambiental em segundo plano. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Ainda assim, não é em termos garantidos que o Princípio da proibição do retrocesso ambiental venha a ser efetivado, como ocorre com o Princípio da Precaução, que falamos no post sobre<a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/09/transgenico-feijao-simbolo.html"> transgênicos</a> e sobre a <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../rio20-e-seu-affair-com-economia-verde.html">Rio+20 e a economia verde</a>.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Fontes:</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><a href="http://www.palmares.gov.br/?p=19083">Palmares.gov</a></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://global.org.br/programas/questao-de-belo-monte-e-levada-ao-conselho-de-direitos-humanos-da-onu/">Global.org</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-43111102535649896402012-04-10T07:33:00.001-07:002012-04-10T07:33:59.830-07:00A Cúpula dos Povos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-_7HoZVZzpnw/T4RD5PEM24I/AAAAAAAAAK0/oKWi8UJdP10/s1600/cupula1.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-_7HoZVZzpnw/T4RD5PEM24I/AAAAAAAAAK0/oKWi8UJdP10/s200/cupula1.gif" width="197" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta é uma alternativa.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Cúpula dos Povos é um movimento alternativo a Rio+20, aquele veiculado pela mídia como o maior evento em prol do meio ambiente dos últimos 20 anos, para que os líderes governamentais façam valer as vontades e necessidades de reprodução do capital, tá lembrado?! (caso não se lembre, temos outros <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../rio20-energia-limpa-desenvolvimento.html">posts</a> sobre o assunto)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Frente a tudo isso foi criada a Cúpula dos Povos, como um espaço de troca entre movimentos sociais, organizações populares, redes ambientalistas e outras tantas representações do povo, em contraponto a falaciosa economia verde e ao limitado debate sobre governança global, tendo como marco político a luta anticapitalista, classista, antiracista, antipatriarcal e antihomofóbica.<br />
<a name='more'></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Acontecerá no mesmo período que a Rio+20, entre os dias 15 e 23 de junho de 2012, no Aterro do Flamengo - RJ e discutirá principalmente aquilo que não será pauta do evento da ONU, ou seja, as práticas reais e possíveis de mudança socioambiental, que não podem deixar de passar pela crítica ao sistema capitalista.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como também não poderia deixar de ser, as atividades do evento são definidas democraticamente, com participação popular de fato para apresentar propostas, experiências, educação popular e ser um espaço de troca de quem radicalmente propõe a mudança. Por isso estão abertas inscrições até dia 20 de abril para propostas de atividades, como palestras, seminários, debates, etc. As atividades serão divididas em três eixos principais:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Causas estruturais da crise e injustiça sociais e ambientais, falsas soluções e novas formas de acumulação do capital sobre os povos e territórios</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Agendas, campanhas e mobilizações que unificam o processo de luta anticapitalista após a Rio+20</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Soluções reais e novos paradigmas dos povos</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por fim, a Cúpula dos Povos ainda tem como objetivo fortalecer os laços de solidariedade entre os movimentos populares, produzindo uma pauta de resistência e luta com posições convergentes, mostrando que não estamos sozinhos, ainda que nos queiram fazer crer.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para saber mais, participar, inscrever-se, visite o<a href="http://cupuladospovos.org.br/"> site da Cúpula dos Povos</a>, vale a pena e neste sua participação é importante!</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-50630215735572704102012-04-07T17:17:00.001-07:002012-04-07T17:23:46.241-07:00A fantasia da Dilma<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-_GlhvJYbgmk/T4DY24r9nrI/AAAAAAAAAKs/yAwdOvmmTzY/s1600/2stu6481.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-_GlhvJYbgmk/T4DY24r9nrI/AAAAAAAAAKs/yAwdOvmmTzY/s320/2stu6481.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A imagem é auto explicativa né?!</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa semana nossa presidenta soltou uma máxima direcionada aos ambientalistas: <i>“Não há espaço na Rio+20 para fantasia”</i>. A frase foi dita após críticas ao governo sobre os investimentos em hidrelétricas como matriz energética do Brasil.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ao que tudo indica, a carapuça não serviu, nem aqui no blog, já que não somos ambientalistas e nem mesmo para os ambientalistas, que não lidam com fantasia, mas com fatos...nem mesmo perspectiva positiva dá pra ter visto o quadro de descompromisso com a questão socioambiental, até por isso a utopia (e não a fantasia) é necessária, para ser proposta e perseguida.</div><a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Isso tudo para defender o (de fato fantasioso) mundo do desenvolvimento para todos, mais especificamente para justificar os investimentos em hidrelétricas do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, desmerecendo o discurso contrário com adjetivos desconexos do debate e não no plano do embate de ideias ou de fatos apresentados. Essa é uma fuga recorrente...</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não tardou também a defesa dos ambientalistas e simpatizantes, que mostraram que fantasiosa é a proposta governamental, que acredita em papai noel e coelhinho da páscoa, travestidos de investimentos internacionais e no PIB como critério de análise da qualidade social. Isso tudo dentro do PT, vulgo Partido dos Trabalhadores.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não discutirei aqui os pormenores do debate, tratamos deles no post <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../energia-sustentavel-hidreletrica.html">Energia para um mundo sustentável: hidrelétricas</a>. O que interessa aqui é a ausência de um plano governamental para as questões ambientais associado a uma ministra oca de histórico e força política, que vem bem a calhar, já que sua figura com a responsabilidade na questão ambiental não pode atrapalhar o andamento do crescimento econômico do país.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um dos coordenadores do Instituto Vitae Civilis, Aron Belinky clareou o que está acontecendo: </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>“priorizar a sustentabilidade não é uma questão de fantasia, mas de ousadia (...) o modelo de desenvolvimento do governo Dilma Rousseff carece de visão a longo prazo. É um modelo que simplesmente reproduz o que já foi feito no passado, fazendo de conta que não há limites para o planeta, isso sim é fantasia.”<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No <a href="http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/04/05/dilma-a-utopia-e-um-panda-de-pancake/">blog do Sakamoto</a> também há um esclarecimento, mais sarcástico neste caso:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">“Quem vê uma alternativa complexa como uma impossibilidade política ou econômica dificilmente conseguirá propor novos modelos de desenvolvimento que, por exemplo, tentem aliar crescimento ao respeito aos direitos humanos de populações e trabalhadores diretamente afetados por grandes obras. Digo “tentem” porque sabemos que a menos que ocorra uma mudança profunda em nosso modo de produção, o rosário de desgraças continuará acontecendo pela sua própria natureza. Parafraseando o assessor de Bill Clinton, ‘é o capitalismo, estúpido!’ ”</span></i><i><o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br />
</span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ahhh...será este país retrógrado em relação às questões ambientais que sediará a Rio+20, o que nos faz pensar quais os reais objetivos do evento...( mais no post <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../rio20-e-seu-affair-com-economia-verde.html">Rio+20 e se affair com a economia verde</a> e no <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../rio20-energia-limpa-desenvolvimento.html">O que esperar da Rio+20?</a>)</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-68652251253809312182012-04-04T13:14:00.001-07:002012-04-04T13:14:55.665-07:00Obsolescência programada<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-H2SH797Yfxo/T3yrKOXeNfI/AAAAAAAAAKc/fSmIn3xtWAc/s1600/cdn_appleweblog_com_files_2011_01_obsolescencia_programada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-H2SH797Yfxo/T3yrKOXeNfI/AAAAAAAAAKc/fSmIn3xtWAc/s320/cdn_appleweblog_com_files_2011_01_obsolescencia_programada.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">catchy-art.blogspot.com.br</td></tr>
</tbody></table>O nome indica que um produto se torna obsoleto em determinado tempo, não por estar gasto de tanto usar ou por algum acidente, mas porque as empresas produtoras assim o querem, afinal, saberão quando e em que quantidade terão de produzir mais e, sobretudo, lucrarão mais. Este tempo de retorno do produto é então reduzido para que nós, consumidores tenhamos que comprá-lo novamente e em breve.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um produto também se torna obsoleto quando passa a ser ultrapassado, desatualizado, antiquado, etc. e isso a ciência da publicidade e do marketing fazem com talento, tamanha angústia que sentimos quando temos um produto que não atende mais aos critérios estéticos ou de software daquele momento.<br />
<a name='more'></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este fenômeno se propaga na década de 1930 nomeado por descartalização, logo após a crise de 29, quando o empresariado percebe que é mais lucrativo economicamente produzir algo que estrague rápido do que algo que dure muito tempo. Mas tudo começa mesmo em 1920, quando produtores de lâmpadas de reunem para determinar a durabilidade delas, acordando pelas 1000 horas úteis de hoje, portanto já com características de falta de ética e imoralidade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">São estas mesmas empresas que vendem o slogan de sustentabilidade, de serem ecológicas, socioambientais, eco e outras infinidades de adjetivos que potencializam o espaço da marca no mercado, simplesmente por utilizarem menos insumos, papel reciclado, consumirem menos água ou reutilizarem água da chuva.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E são as mesmas que produzem um bem durável para ser comprado em breve, sem possibilidade de troca de peças que quebram, riscam, baterias substituíveis e que também inviabilizam financeiramente o conserto, posto que o produto novo sai “mais em conta”. Também são as mesmas que entopem lixões com o descarte de carçadas, produtos químicos e/ou tóxicos... Isso não seria caso para os órgãos de defesa do consumidor, caso não estivessem normatizados para a indústria e não para os consumidores? Fazem tudo isso protegidas, já que anunciam nas embalagens ou manuais a durabilidade programada dos produtos, no melhor do “ele sabia o que estava comprando...”, como se houvesse muita escolha.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-E5hBBMSvk08/T3yrOIFwl0I/AAAAAAAAAKk/KxAcduHX3bs/s1600/obsolescencia_programada.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-E5hBBMSvk08/T3yrOIFwl0I/AAAAAAAAAKk/KxAcduHX3bs/s320/obsolescencia_programada.png" width="315" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">diegobrito.com.br</td></tr>
</tbody></table>Estes produtos permeiam nossa vida hoje, estão presentes desde os celulares até impressoras, lâmpadas, calçados, etc. e a obsolescência dos produtos já não depende somente da qualidade do produto ou da matéria-prima utilizada, nós, enquanto consumidores cobramos de nós mesmos e dos outros a permanência em um estado eterno de atualização, de comprometimento com a tecnologia e com o novo.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Contraditoriamente ( ou não), algumas outras empresas tem trabalhado de forma diferente, fazendo produtos mais duráveis e vendendo-os com esta propaganda, como se não fosse evidente que o consumidor quer um produto que dure mais mantendo sua qualidade, ou que tecnologia também está associada a qualidade e durabilidade dos produtos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A crítica à obsolescência programada é maior do que fazer uma reflexão sobre o seu hábito do consumo (isso é trabalho para a ecopedagogia), passa pelos ditames de uma ordem de cima para baixo que não nos deixa escolha quando sentimos necessidade real do produto; passa também pelo processo produtivo destas mercadorias, que utilizam constantemente e em grande quantidade muitos recursos naturais. Estas mercadorias tem de ser vendidas a preços mais baixos para poderem ser consumidas mais rapidamente e, portanto, os trabalhadores de chão de fábrica também sentem diretamente as consequências deste fenômeno em seus salários.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sabemos que em 1930, quando a obsolescência programada passou a ser um padrão, a questão ambiental ainda engatinhava, mas a permanência deste sistema produtivo nos dias de hoje, com todo o discurso socioambiental, é inadimissível, (assim como já o era quando foi criada). Isso faz pensar até que ponto a problemática ambiental é um problema da sociedade civil ou da classe empresarial-político-econômica ou, pior, é só uma questão de greenwashing (falamos sobre isso no post <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2011/09/rock-in-rio-2011-greenwashing.html">Rock In Rio 2011: Greenwashing? rockwashing</a>).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A questão da sustentabilidade é um todo de ações, posicionamentos, atitudes, muito diferente da soma delas ou da presença de alguma delas. Uma empresa sustentável é bem mais do que aquela que mantém uma praça bem cuidada em frente a sua sede, que distribui computadores para escolas públicas, que possui um greenbuilding ou que instala um sistema de carona entre os funcionários. Por isso, a existência de uma empresa sustentável é uma contradição dentro do sistema capitalista, a coexistência do adjetivo sustentável com outros tantos que esta empresa possua é impossível.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não é possível ser sustentável quando a lógica do sistema esta baseada na produção e consumo e na usurpação da mais-valia do trabalhador.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para saber mais, assista ao filme <a href="http://www.blogger.com/%E2%96%BA%2013:55%E2%96%BA%2013:55%20www.youtube.com/watch?v=IC9C2ubif4U">Comprar, jogar fora, comprar: a história da obsolescência programada</a> ou ao clássico <a href="http://www.blogger.com/%E2%96%BA%2021:27%E2%96%BA%2021:27%20www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k">The history of stuffs</a>.</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-72071088438576103602012-03-31T16:46:00.000-07:002012-03-31T16:46:30.010-07:00Hora do planeta: mais uma balela!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-w6HBOZhI2PQ/T3ds4GDg9ZI/AAAAAAAAARg/AzunbD7bVx0/s1600/Fear+of+the+Dark.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-w6HBOZhI2PQ/T3ds4GDg9ZI/AAAAAAAAARg/AzunbD7bVx0/s200/Fear+of+the+Dark.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Neste exato momento, se é que o
Blogger realmente publica o artigo na hora programada, um monte de gente deve
estar apagando as luzes de suas casas, ficando no escuro, enquanto tomam um
banho bem quente, navegam na internet ou assistem ao Jornal Nacional ou coisa
pior. Nada contra essas atividades todas, mas porque estão mesmo apagando as
luzes? Ah! Porque uma ONG internacional chamada WWF inventou uma forma de mobilização,
que começou lá na Austrália em 2007 e rapidamente se tornou moda mundial, para
conscientizar as pessoas sobre o tão famigerado aquecimento global.</span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bom, eu particularmente irei
continuar com todas as lâmpadas que eu julgar necessárias acesas em minha casa.
Até mesmo porque eu não acredito mesmo nesse negócio de aquecimento global. Ou
acredito? Ainda não me decidi. Enfim... Li que no ano passado 1 bilhão de
pessoas em todo o mundo apagaram as luzes de suas casas. UM BILHÃO!!! É gente
pra porra! Mas engraçado é pensar que para apagar as luzes as pessoas precisam
ter luz para apagar e vejam só a ironia, mais de 1,3 bilhão de pessoas no mundo
sequer tem acesso a energia elétrica, de acordo com um <a href="http://www.iea.org/papers/2011/weo2011_energy_for_all.pdf">estudo da IEA</a>
(Agencia Internacional de Energia – sigla em inglês). Deveriam então computar
essas pessoas e teríamos que mais de 2 bilhões de pessoas ficaram com as luzes
apagadas – um terço da população mundial. Isso sim que é uma campanha de
sucesso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Não quero aqui desqualificar a
campanha como agente mobilizador, mas fico pensando na eficácia desse tipo de
ação. Dessas galera toda que adere a campanha, quantas realmente se propõem a
pensar as causas da degradação do planeta, com ou sem aquecimento global. Será
que se a campanha se chamasse o Ano do Planeta teríamos essa adesão toda? Ou só
daqueles 1,3 bilhão que não tem escolha mesmo? E o papinho do cada pessoa tem o
poder de mudar o mundo em que vive? Quem eu? Sozinho? Porra! Não sabia que era
tão poderoso assim. Essas campanhas de cunho ideológico só servem para nos
iludir, tirar o foco da fonte dos problemas reais que enfrentamos. Querem que
acreditemos que a culpa pelos problemas ambientais e sociais do planeta são somente
nossas e portanto, a solução deve partir de nós também.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em campanhas como esta não há
sinergia. A soma das partes (dos esforços individuais) não é maior que o todo.
Soa-me como pura hipocrisia. Não vi em nenhum lugar a WWF incentivando a
reflexão sobre os problemas sociais e
ambientais que nos afligem. Somente a perpetuação do mote – apague as luzes de
sua casa contra o aquecimento global. E todo mundo vai na onda. O aquecimento
global é só a causa do momento, assim como já foi, há um tempo atrás, o buraco
da camada de ozônio. E muitos outros que estão por ai. Mas o buraco é mais embaixo
e a causa mais radical, como já disse por aqui em um <a href="http://na-beirada.blogspot.com.br/2012/03/problemas-ambientais.html">post
anterior</a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Para a meia dúzia que por ventura
leiam esse artigo, deixo uma dica para a reflexão – que pode ser deixada para
depois do Big Brother – que tal dividirmos a parcela das soluções de nossos
problemas de forma proporcional à participação na sua geração. Por exemplo: ao
invés de você ficar reduzindo o seu banho para 3 minutos, reaproveitar toda a água
da chuva, fazer xixi no ralo na hora do banho e economizar 70% do seu consumo
de água, que tal o setor agrícola arcar com essa redução, já que este representa
70% do consumo de água do planeta? Como forçá-los a isso? Como não utilizarmos
mais combustíveis fósseis? Dia sem carro. Como reduzir o desmatamento na
Amazônia? Usar papel reciclado. Como reduzir a demanda por energia elétrica.
Hora do planeta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Afinal, apagar as luzes por uma
hora é fácil. Não precisa nem sair de casa e de quebra estou fazendo a minha
parte. Difícil é sair de sua zona de conforto e enfrentar as ruas, como os <i>Occupiers</i>, os Indignados ou a Primavera
Árabe.</span></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Leonardo Trindadehttp://www.blogger.com/profile/18024632505971488510noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-54832793279329886162012-03-30T18:16:00.001-07:002012-03-31T07:06:39.078-07:00Ciência, tecnologia e meio ambiente<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-zRP-Wf9pAjA/T3ZaUq15NbI/AAAAAAAAAKU/vttBYAjnO-A/s1600/Charge+121.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="304" src="http://1.bp.blogspot.com/-zRP-Wf9pAjA/T3ZaUq15NbI/AAAAAAAAAKU/vttBYAjnO-A/s320/Charge+121.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://teiaonline.blogspot.com.br/">Teia online</a></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sob o advento da tecnologia podemos fazer qualquer coisa, inclusive salvar o planeta de nós mesmos. Essa é a ideia que o sistema produtivo atual quer nos fazer crer, apesar dos inúmeros sinais que apresentam o contrário.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para os problemas ambientais mais especificamente tem sido desenvolvida uma ciência também específica, que produz uma tecnologia para o dia de hoje, sem refletir sobre o ontem ou pensar o amanhã, considerando para tanto desde as lâmpadas fluorescente até os automóveis a hidrogênio.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não penso que sejam tecnologias fajutas ou sem importância, mas que falta a essas propostas uma origem socio-histórica, ou seja, é uma ciência e tecnologia que se desenvolvem despretensiosas em relação a sociedade e pretensiosas para os ganhos econômicos do capital.</div><a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para Mézsaros, a origem desta questão passa pelo processo de controle da ciência pelo capital.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nenhuma ciência se desenvolve aquém da sociedade já que está intimamente relacionada as determinações e estruturas de sua época e por isso a ciência pensa e cria para a sociedade em que vive e se relaciona. Não seria diferente, portanto, para a sociedade capitalista. O que esta em jogo são as determinações da ciência, qual seu objetivo e que para que tipo de sociedade se deseja trabalhar.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Bboo4zQqAqU/T3ZaT8UZGrI/AAAAAAAAAKM/BjuHbp4xbxE/s1600/409019_325011027519154_100000307787241_1103965_1519339007_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-Bboo4zQqAqU/T3ZaT8UZGrI/AAAAAAAAAKM/BjuHbp4xbxE/s320/409019_325011027519154_100000307787241_1103965_1519339007_n.jpg" width="253" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://teiaonline.blogspot.com.br/">Teia online</a></td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, dentro da lógica capitalista, a ciência que desenvolve determinadas tecnologias produz para o capital com fins de ganhos econômicos e não para o desenvolvimento humano, por isso, contraditoriamente a lógica utilitarista do capital, a ciência e sua tecnologia passaram a ser muito menos “úteis” em algumas dimensões do que em épocas anteriores, revelando quais são de fato os fins da tecnologia hoje disseminada.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns exemplos são clássicos. <a href="http://www.ecodebate.com.br/2008/06/11/automoveis-excesso-e-suas-consequencias/">Pesquisas</a> tem revelado que o aumento da tecnologia em automóveis, como o aumento da eficiência dos motores não tem produzido uma redução no consumo de combustível nos postos de abastecimento, isto porque a sociedade não funciona de forma cartesiana em uma relação de causa e efeito. Assim como a eficiência aumentou, o conforto também, as distâncias entre casa e trabalho, o aumento de unidades automotivas nas ruas (proporcional ao incentivo do governo), a má qualidade do transporte coletivo, dentre outros fatores, previsíveis dentro da lógica da complexidade, que por sua vez passa muito longe das análises macroeconômicas que balizam a maioria dos investimentos em ciência e tecnologia.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Contudo, penso que o feitiço pode virar contra o feiticeiro e as tecnologias hoje desenvolvidas podem ser utilizadas de forma inteligente, sendo as necessidades e interesses da dimensão social atendidas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É o caso da rede de comunicação atual. Utilizada comumente pela publicidade criar gostos e necessidades, pelo Estado para distribuir sua propaganda governamental, controlar o conhecimento, a internet também tem sido utilizada para globalizar informação e conhecimento livre, ainda que somente uma parte pequena da população mundial tenha acesso a esta tecnologia.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> E como dentro da lógica capitalista o controle é fundamental para que seja mantido o status quo, tudo que foge a essa regra deve ser reprimido, temos ai o Sopa e a Acta, que faz da mesma internet reprimida espaço de reivindicação, manifestação e radicalidade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fonte:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mézsaros, I. O poder da ideologia</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.ecodebate.com.br/2008/06/11/automoveis-excesso-e-suas-consequencias/">Automóveis: excesso e suas consequências</a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://www.ecodebate.com.br/2011/09/30/consumo-global-cresce-tres-vezes-mais-que-a-populacao/">Consumo global cresce três vezes mais do que a população</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-8632307155771220262012-03-14T17:32:00.002-07:002012-03-15T16:13:38.300-07:00Temos um só problema – e é bem grande!!!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-CK5n5xCmrTs/T2E4c_IgIII/AAAAAAAAAPA/q2ox_o2iuAI/s1600/loading.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-CK5n5xCmrTs/T2E4c_IgIII/AAAAAAAAAPA/q2ox_o2iuAI/s1600/loading.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Recentemente li um <a href="http://www.ihu.unisinos.br/noticias/506875-estudolistaosdesafiosambientaisdesteseculo#.T0fnDvAYWRs.facebook">artigo</a>
que falava a respeito da publicação de um relatório no qual um grupo de cientistas
listaram 21 questões ambientais emergentes para o século XXI. Num primeiro
momento pensei – Só 21!?!? Está bom demais!!! Pensando rapidamente poderia citar...
sei lá?... Um monte: chuva ácida em Manchester, presença de hexaclorocicloexano
em golfinhos, ondas eletromagnéticas cozinhando nossos cérebros, extinção do
bagre-do-dorso-pelado-e-moicano-prateado endêmico do alto São
Francisco </span>(à la Sakamoto)<span style="font-family: inherit;">... São tantos os problemas ambientais e sociais dos quais temos notícia que
fica impossível resolvê-los, ou pelos menos, essa é a impressão que nos passam.</span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No entanto, essa forma de encarar
as questões e problemas é inerente ao nosso paradigma científico, cuja origem
remonta principalmente a Newton, Bacon e Descartes que juntos nos deixaram um
mundo linear, mecânico, previsível e no qual o papel do homem (com “h”
minúsculo mesmo) é explorá-lo e torturá-lo até que este entregue toda sua
riqueza e segredos. Para isso basta dividir o mundo em vários fragmentos. Pegue
um deles e descubra do que é feito e como funciona e daí extrapola-se para o
todo resto e pronto! E quanto mais e menores pedacinhos se dividir melhor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Essa visão de mundo é reforçada
ainda por uma moral judaico-cristã que separa o Homem do restante da natureza,
nos posicionando fora e acima dela e de todos os demais seres, inclusive do
próprio Homem. O Homem é lobo do Homem (como disse Hobbes, mas não neste contexto) – pobre lobo... Essa moral, extremamente
machista inclusive, também reserva um papel secundário e inferior para mulher,
subjugada ao pai, irmãos, marido. Mero objeto reprodutor a serviço dos
caprichos de seu senhor naquele momento. E creio eu, que dessa mentalidade
deriva-se uma série de consequ</span>ências<span style="font-family: inherit;"> também perniciosas e prejudiciais para para
outras minorias (que juntas são a grande maioria) como homossexuais, negros, </span>pagãos<span style="font-family: inherit;">...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mas porque eu estou falando isso
tudo mesmo? Não era pra falar de problemas ambientais? Calma que já vamos
chegar lá. Em seu desenvolvimento o capitalismo se apropriou desses ideais ou
esses ideais deram origem ao capitalismo (para mim todos se retro-alimentam
positivamente, de forma mútua, não sendo possível afirmar quem veio primeiro) de
forma muito profunda e radical. Em sua fase global hegemônica mais recente,
essa visão de mundo e seus valores correlatos foi imposta a todos os povos e
nações, tornando-se a ideologia dominante e única aceita. A coisificação da
vida, a valorização do ter (ao invés do ser), o consumismo </span>exacerbado<span style="font-family: inherit;"> sustentado na super-exploração do meio ambiente e do homem, que rompe com a
resiliência do planeta e subjuga e segrega homens e mulheres, entre aqueles que
tem e aqueles que não tem – e quem não tem, nada vale.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Vendo assim, percebo que não
temos 21, nem 100, nem 1000 problemas ambientais emergentes para o século XXI.
Pobres cientistas e sua míope visão cartesiana do mundo! Radicalmente, existe
apenas 1 – UM ÚNICO – problema, que não é apenas ambiental, nem social nem
econômico e que muito menos é emergente. Temos um único problema a enfrentar
nesse século que apenas se inicia, sem grandes perspectivas – é verdade! – mas
que se faz urgente, se queremos ter um futuro como espécie. Precisamos romper
definitivamente com a lógica de exploração, consumo e acumulação do Capitalismo
e suas consequencias nefastas a vida, em todos os sentidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 105%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;">Homem como espécie, em sua ontogenia,
diferenciou-se dos demais pela capacidade reflexiva e utilização de símbolos
que proporcionam a comunicação. Não estamos separados numa posição superior </span></span><span style="line-height: 16px;">hierárquica</span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;"> dos demais seres. Estamos juntos, participando da mesma rede da vida que
co-habitam Gaia. Somos essa parcela de Gaia, pensante e reflexiva, com o papel
de guiar essa co-evolução. Estamos, e só nós poderíamos estar, e esta é nossa
grande responsabilidade, com o timão desse grande barco em nossas mãos. Para
onde vamos? Depende de nós. Mas um bom caminho seria na rota de uma
sustentabilidade que provém das ciências
da vida e da ecologia, cuja lógica é circular e includente. Que representa a
tendência dos </span></span><span style="line-height: 16px;">ecossistemas</span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;"> ao equilíbrio dinâmico, à interdependência e à
cooperação de todos com todos, que privilegia o coletivo, a cooperação e a
co-evolução de todos interconectados. Que respeite a capacidade de </span></span><span style="line-height: 16px;">resiliência</span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;"> dos ecossistemas. Uma sustentabilidade democrática, justa e
solidária na distribuição dos bônus e dos ônus. Que permita a cada indivíduo se
conhecer naquilo em que é único e essencial e dessa forma livre para se </span></span><span style="line-height: 16px;">manisfestar</span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;">, respeitar
e aceitar verdadeiramente o outro e a diversidade, como a expressão mais rica
da vida. Acho que este é um bom começo de um novo caminho.</span></span></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Leonardo Trindadehttp://www.blogger.com/profile/18024632505971488510noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-9122881267633192332012-03-06T07:47:00.001-08:002012-03-06T07:58:44.823-08:00Dia da mulher<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-IjMPLk5EcrU/T1YubYdThcI/AAAAAAAAAJ8/Lynk-iQ4Inc/s1600/movimento20feminista.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-IjMPLk5EcrU/T1YubYdThcI/AAAAAAAAAJ8/Lynk-iQ4Inc/s200/movimento20feminista.jpg" width="142" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dia 8 de março é comemorado o dia da mulher, como todos já sabem...é a data intermediária entre o natal e o dia das mães em que a mídia divulga como um momento de dar presentes, mais especificamente eletrodomésticos, flores e doces e o comércio exerce todo seu poder de atração com promoções e novidades.<br />
<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mais do que comemorar, já que não há o que comemorar quando o Brasil está entre os 25 países no<a href="http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/13206-brasil-esta-entre-os-25-paises-com-maior-taxa-de-assassinato-de-mulheres"> ranking do feminicídio</a> e mais de<a href="http://www.abortoemdebate.com.br/wordpress/?cat=161"> 200 mil mulheres sofrem com o processo do aborto</a>, é uma data de luta e enfrentamento contra a opressão física, psicológica e institucional que as mulheres sofrem ao longo de toda sua vida.</div><a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se livrar de uma condição opressora deste nível, que está ao mesmo tempo explícita e nas entrelinhas não é um plano de curto prazo para esta geração, mas são resultados a longo prazo, assim como a luta contra a homofobia, que apesar de ser crime, ainda não é passível de punição na prática e ainda é tratada como doença pela bancada cristã no congresso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não podemos comemorar o advento das mulheres no mercado de trabalho, posto que foi uma ascensão desigual onde mulheres recebem valores salariais menores que homens com o mesmo cargo e mulheres negrar ganham menos que mulheres brancas.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não podemos comemorar a presença de uma mulher como presidente, esta não representa politicamente o gênero, não discute as milhares de mulheres mortas por abortos criminalizados por não ser de sua “alçada” ou por ser demais polêmico para enfrentar em um congresso de carolas. E o pior, em um Estado “laico”.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nas palavras da presidente:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">“- Eu tenho convicção de que o século 21 é o século das mulheres. Não para as mulheres serem, de certa forma, contra os homens, mas para as mulheres terem uma participação na vida social, política, econômica e cultural do país ao lado dos homens, tendo o respeito dos homens. Um país que respeita suas mulheres constrói uma nação desenvolvida. Por isso, é muito importante, é uma tarefa de homens e mulheres a luta contra a discriminação da mulher.</span>”<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Agora, me diz queria presidente, como você vai fazer isso acontecer?!</span><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este mesmo <a href="http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/13204-cota-eleitoral-para-mulheres">Estado que não promove abertura para participação da mulher na política</a> quando cria leis para inclusão, mas não exige nem fiscaliza os partidos. É a lei que existe, mas não “pega”. O voto da mulher foi uma vitória, mas em que medida se não temos como votar em representantes de gênero? Não em sua totalidade, certamente.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na condição física, quando o corpo da mulher ainda é um objeto de poder para os homens e opressão para as mulheres, não há o que ser comemorado. O filme: <a href="http://www.ilcorpodelledonne.net/?page_id=209">Il Corpo delle Donne</a> (O Corpo das mulheres) retrata esta condição, vale a pena.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-caZom6Z-fbE/T1YvvKsyiRI/AAAAAAAAAKE/dqmSqeUYWZQ/s1600/2011-12-31.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://1.bp.blogspot.com/-caZom6Z-fbE/T1YvvKsyiRI/AAAAAAAAAKE/dqmSqeUYWZQ/s200/2011-12-31.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Neste dia então, não dê flores, doces ou presentes. Lembre que a data é uma referência as manifestações de mulheres russas em 1917, por melhores condições de vida e trabalho.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Repense, ao menos, qual seu papel neste discurso que com uma mão afaga e com a outra bate. Este é um dia de luta e reflexão e não de comemoração.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não me venha com "florzinha" que isso é um desrespeito a minha inteligência e às conquistas feministas.</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-27797932829158997312012-02-23T13:00:00.001-08:002012-02-23T13:01:09.676-08:00Mulheres e soberania alimentar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-WJHedhDk5Oo/T0aoXtLYdUI/AAAAAAAAAJ0/dIfAugQ3D2Y/s1600/ecofeminismo-734297.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-WJHedhDk5Oo/T0aoXtLYdUI/AAAAAAAAAJ0/dIfAugQ3D2Y/s320/ecofeminismo-734297.png" width="260" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No post <a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/08/mulheres-e-economia.html">Mulheres e economia</a>, pontuamos como tem se dado a participação feminina na economia, com algum protagonismo e autonomia, mas não como fruto de um aumento de consciência e organização de gênero, mas pela feminilização da pobreza.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esther Vivas contribui com a ideia da pobreza ser mais acentuada entre as mulheres com uma leitura das relações patriarcais no mundo desenvolvido e subdesenvolvido, para sabermos que a opressão a mulher não é uma limitação territorial. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Às mulheres compete variadas responsabilidades no campo, dependendo da comunidade, mas de modo geral associada a plantação, colheita, alimentação familiar, coleta de frutos, manutenção de sementes, etc. Nos países do sul, entre 60 a 80% da produção de alimentos é garantida por mulheres, sendo este índice de 50% no mundo. Em muitos países da África, as mulheres representam 70% da mão de obra no campo e até o ano 2000 representaram 83% da mão de obra assalariada no campo.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com o advento do neoliberalismo no campo, a produção de alimentos aumentou (assim como a fome, “paradoxalmente”) sob condições de expropriação de terras, modelo de agricultura capitalista, dizimação de comunidades e da autonomia do campesinato e precarização das relações de trabalho no campo, principalmente com o assalariamento. Nestas condições, as mulheres são o coco do cavalo do bandido, ou seja, já em condições precárias recebem salários até 30% menores do que dos homens e de quebra ainda levam dupla jornada com o trabalho doméstico invisível.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Portanto, não creia que a crise alimentar de hoje é resultado de uma população faminta crescente (a população duplicou enquanto a produção de alimentos triplicou), ou que necessitamos de mais tecnologia ou terras agriculturáveis. A crise alimentar que temos hoje é produto das práticas neoliberais no campo e na cidade, que aumentam a cadeia de produção e consumo e consequentemente aumentam as possibilidades de ganhos dos atravessadores, diga-se, agroindústria, dificultando o acesso aos alimentos de grande parcela da população mundial.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, com alguma pesquisa e nenhuma tese de doutorado é possível perceber que discutir soberania alimentar frente a crise que temos hoje é romper com o modelo agrícola neoliberal e somar ao discurso a condição das mulheres no campo, garantir sua participação ativa e autonomamente, para que se defina, entre homens e mulheres, aquilo que melhor atende a suas necessidades alimentares.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para tamanha autonomia e protagonismo, é de suma importância romper com as relações patriarcais no campo e na cidade fazendo com que as mulheres tenham acesso a terra, ao crédito, a escolha e a vida que escolherem, qualquer que seja ela.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nas palavras da Via Campensina da Ásia:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 115%;"><i>“O feminismo é um processo que permite conseguir um lugar digno para as mulheres dentro da sociedade, para combater a violência contra as mulheres, e também reivindicar e reclamar nossas terras e salvar-las das mãos de transnacionais e das grandes empresas. O feminismo é a via para que as mulheres camponesas possam ter um papel ativo e digno no seio da sociedade” </i>(Via Campesina, 2006).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 115%;">Fonte: <a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/02/16/soberania-alimentar-uma-perspectiva-feminista-artigo-de-esther-vivas/">Soberania alimentar: uma perspectiva feminista</a></span></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-85134995173863318902012-02-21T15:35:00.001-08:002012-02-21T15:36:47.566-08:00A Liberdade na cidade<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-p4sAtgFbLvw/T0QqGUDr8cI/AAAAAAAAAJs/Iu1cxiixvsI/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-p4sAtgFbLvw/T0QqGUDr8cI/AAAAAAAAAJs/Iu1cxiixvsI/s1600/images.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Blog Inferno de Dandi, que também discute o Direito a Cidade</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este é o título de um artigo de David Harvey que li hoje e vai ao encontro de um outro post: <a href="http://na-beirada.blogspot.com/.../cidade-sustentabilidade-direito.html">Sustentabilidade na urbes – O Direito a cidade</a>.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com muita pesquisa, Harvey pode explanar na teoria e na prática a territorialização que tem se dado nas principais capitais brasileiras e também em outras cidades mundiais, como são Paulo e Nova Iorque, o que pontua o que foi dito no post anterior, que as cidades não tem sido construída para as pessoas, mas para o capital e aplicação de seus excedentes.<br />
<a name='more'></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em linhas gerais (não quero explicar o que Harvey escreveu com maior talento), o capital precisa aplicar parte do excendente gerado por suas práticas para assim gerar mais excedente, no entanto quando a maioria das possibilidades para aplicação deste excedente se fecham (baixos lucros, alto salários, baixos juros...) o sistema precisa criar novas possibilidades e uma delas é a urbanização.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Desde Paris em 1853 com a construção dos <i>boulevards </i>para aplicar capital financeiro por meio de empréstimos e da construção civil, </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i>“A reconstrução de Paris absorveu enormes quantidades de trabalho e de capital para os padrões da época e, junto com uma supressão autoritária das aspirações da força de trabalho par isiense, foi um veículo fundamental de estabilização social.”<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">até Nova Iorque em 1942 com a “revitalização” de bairros “decadentes” para a gentrificação, o processo de urbanização tem sido uma escapada efêmera para que o Estado mantenha seus bons negócios com a classe dominante, dessa forma aplica-se o capital excedente e o Estado continua com seu colegiado fiel.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O processo de urbanização como alternativa para aplicação de capital financeiro tem ocorrido até hoje, vísivel nas experiências da cidade de São Paulo. O centro da capital paulista tem sido um dos principais focos deste da urbanização sob a égide da “revitalização”, com a retirada sucessiva dos moradores, os verdadeiros vitalizadores do centro de São Paulo, como se não houvesse vida no centro antes da apropriação do capital . Isto porque existe um novo plano para o centro da cidade, visto o aumento da especulação imobiliária e valorização dos terrenos bem localizados (com acesso a todo tipo de transporte, saneamento, localização, comércio, etc.), por sua vez fruto dos incentivos financeiros para aplicação do excedente.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Programa Minha Casa Minha Vida é a “personificação” deste processo de incentivo a urbanização que não é feita para as pessoas, posto suas limitações a continuar excluindo para continuar a gerar valor. Neste exemplo a lógica é simples: sob o discurso de promover a habitação para as classes médias, o Estado amplia a área de urbanização, principalmente sobre áreas verdes e/ou protegidas. Para isso, estica a rede de água e esgoto, energia elétrica, transporte e todo tipo de serviço urbano com recursos públicos. Concomitante, os espaços são comercializados ou já estão há décadas especulados para o setor imobiliário que passa a construir e a vender imóveis para a crescente classe média, que faz empréstimos a perder de vista para poder morar em suas latas de sardinha. Neste embróglio, ganha o setor da construção civil, setor imobiliário e os bancos, quem perde são os trabalhadores que, mesmo incluídos neste crescimento do PIB continuam a ganhar salários que jamais pagarão pelas condições ideais de vida.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas é evidente que esta alternativa não é a solução, o capital sempre terá excedentes para ser aplicado, assim Paris sucumbiu quando o capital excedente não encontrou mais espaço na urbanização e o mesmo se deu em Nova Iorque:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i>“Mas os subúrbios haviam sido construídos e a radical transformação no modo de vida que isto sinalizou teve todo tipo de consequências sociais, levando, por exemplo, a primeira onda de feministas a proclamar o subúrbio e o seu modo de vida como o locus de todos os seus principais descontentamentos.”<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Para São Paulo e outras grandes cidades em processo de urbanização, só podemos lamentar a perda de nós mesmo na construção do espaço.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Fonte:</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><a href="http://www.geografia.fflch.usp.br/publicacoes/Geousp/Geousp26/09-18-HARVEY,David.pdf">A liberdade da cidade - David Harvey</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-54600807332756938552012-02-18T13:06:00.001-08:002012-02-19T12:45:34.225-08:00setor privado fazendo educação ambiental? Isto não te soa estranho?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-F7KloQH0KrA/T0ASFvl7muI/AAAAAAAAAJc/fSbQuG56G20/s1600/charge-educacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="242" src="http://2.bp.blogspot.com/-F7KloQH0KrA/T0ASFvl7muI/AAAAAAAAAJc/fSbQuG56G20/s320/charge-educacao.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> <span style="text-align: justify;">A moda agora são as empresas com responsabilidade socioambiental, mais ainda se ela tiver projetos e atuação na comunidade, ai sim ela se torna bem verdinha, porque afinal, empresa boa é aquela que se preocupa com seu funcionário, com o impacto que causa ao meio ambiente e principalmente, o que ela faz pra melhorar o mundo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Nada mais contraditório, mas este post não é pra falar sobre isso, até porque essa crítica já temos por aqui no blog. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O que a pesquisadora Carolina Messora Bagnolo tentou mostrar em sua tese de doutorado é como se dá a inserção das políticas ambientais empresariais nas escolas públicas de Mogi-Guaçu/SP, mas consideremos que os resultados locais podem ser espacializados para uma área mais abrangente (o Brasil todo??!!).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Um adendo para a questão espacial: a atuação das empresas quanto a responsabilidade social empresarial está localizada sobretudo na região sudeste do país. Seria porque? Passa pela sua cabeça a possibilidade de não ser por conta do maior adensamento, mas pela maior visibilidade que as empresas tem na região? E portanto, pela maior pressão que recebem no sentido da responsabilização.</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Na investida de mostrar a imagem de boas moças, as empresas atuam nas escolas com distribuição de materiais direcionados para questões ambientais, como reciclagem, consumo de água, biomas, etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No entanto, este materiais são produzidos de cima para baixo, sem qualquer participação dos professores em sua confecção e com diretrizes bem definidas, transmitindo normas e valores de determinadas classes, bem como a “supervalorização do trabalho e da função das corporações na sociedade”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Qualquer postura crítica de trazer a complexidade da questão ambiental, se houver, passa desapercebida pela dimensão como é tratada a missão da empresa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Este tipo de educação ambiental é conhecida como educação ambiental adestradora, que prepara os estudantes para o trabalho, para se moldar ao sistema capitalista como algo inerente a vida e, para isso é importante que trate as questões sociais, econômicas, políticas, culturais, ambientais, etc. Individualmente e de forma reducionista, pois só assim adquirem a “coerência” do capitalismo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Ademais, ainda temos a “ausência” programada e intencionada do Estado que não regulamenta nem fiscaliza a atuação das empresas nas escolas, muito menos prepara professores e escolas para a filtragem destes materiais (como se pudesse existir algum bom, visto os objetivos estabelecidos previamente pela setor privado).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Bagnolo lembra que o trabalho de educação ambiental desenvolvido pelas empresas não é neutro, pois possui concepções diversas de educação, ambiente, sociedade, cultura. Desse modo, as ações empresariais nas escolas possuem objetivos que vão muito além da divulgação da educação ambiental: “contribuem, sobretudo, para moldar gostos e consumos, como também visões de mundo e de sociedade.”</span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: inherit;"><br />
</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: inherit;">Na falta de atenção dada pelo Estado tanto à escola quanto às questões ambientais, todo material se torna bem vindo para discutir o famigerado meio ambiente, assunto jargão que parece ser importante discutir e para preparar os estudantes para o vestibular (será?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VUPHGCfzyMU/T0ASEbJG2_I/AAAAAAAAAJU/Cq_NHeC-dWc/s1600/FotoSketcher+-+charge-educacao-descaso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="252" src="http://3.bp.blogspot.com/-VUPHGCfzyMU/T0ASEbJG2_I/AAAAAAAAAJU/Cq_NHeC-dWc/s320/FotoSketcher+-+charge-educacao-descaso.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white; line-height: 16.8pt;"><span style="font-family: inherit;">As escolas não esperam do Estado a responsabilidade que lhe compete e, por isso, mesmo que de forma implícita, acreditam que a educação ambiental estaria a cargo das empresas. Tornam-se, portanto, vulneráveis às iniciativas externas e incapazes de exercer criticamente seu papel social.</span></i><br />
<i style="background-color: white; line-height: 16.8pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></i></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 16.8pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">A maneira como a educação ambiental vem sendo absorvida no processo escolar expressaria as deficiências crônicas e profundas na formação do professor e na atuação do Estado na educação pública.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 16.8pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Melhor assim:</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-5ZQJFyHzN_I/T0ASGQXPgEI/AAAAAAAAAJk/I8efbj7H4fY/s1600/vanguardeando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-5ZQJFyHzN_I/T0ASGQXPgEI/AAAAAAAAAJk/I8efbj7H4fY/s1600/vanguardeando.jpg" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Blog Vanguardeando</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 16.8pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"></span></i><br />
<i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"></span></i></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-87653937122164211182012-02-17T13:57:00.001-08:002012-02-17T13:58:23.994-08:00Seaworld no banco do réus<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-cGjKunc3sLA/Tz7MpC6pJMI/AAAAAAAAAJM/T0eHhiLQApg/s1600/DUDA.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="251" src="http://4.bp.blogspot.com/-cGjKunc3sLA/Tz7MpC6pJMI/AAAAAAAAAJM/T0eHhiLQApg/s320/DUDA.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adicionar legenda</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/02/07/cinco-orcas-processam-parque-aquatico-por-escravidao/">A notícia </a>é a seguinte: 5 baleias do parque norte-americano SeaWorld entraram com um processo por escravidão contra sua “benfeitora”, devido aos shows diários a que são submetidas e as condições de confinamento, apesar dos bons tratos que recebem. Bom, na verdade quem deu entrada no processo foi o pessoal do PETA – People for the Ethical Treatment of Animals.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O grande rebuliço está em torno de que as baleias, ou qualquer outro animal não é sujeito de direito na constituição dos Estados Unidos e de nenhum outro país (exceto na Bolívia), assim ainda não se sabe como será o andamento do caso. </div><a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para o PETA, só a abertura de espaço para a discussão já é uma vitória, como afirma o advogado das baleias, Jeffrey Kerr:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="background: white; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">“Pela primeira vez na história de nossa nação, um tribunal federal ouviu os argumentos sobre se seres vivos, que respiram e sentem, têm direitos ou podem ser escravizados simplesmente porque não nasceram humanos”,</span></i><i><span style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></i></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 12pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">“Escravidão não depende da espécie do escravo, assim como não depende de raça, gênero ou etnia. Coerção, degradação e submissão caracterizam escravidão, e essas orcas enfrentaram todos os três.”</span></i><i><span style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A defesa do parque alega a ação ser um desperdício de recursos, já que os animais não foram incluídos na constituição e que os resultados podem trazer consequências para outros parques e zoológicos e inclusive para o polícia, com os cães farejadores. Pois que traga!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para muita gente esse debate é um absurdo, visto a valorização comparável ao ser humano que está se dando aos animais. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Penso que devemos fazer duas considerações, visto que existem valorizações e valorizações. Acho de fato ridículo o que algumas pessoas fazem com seus animais domésticos, comemorando festinhas, comprando jóias, banho de ofurô e o que mais quiser, isso sim é equipará-los ao homem, entendo que os “investimentos” acima não trazem nenhum benefício direto ao animal e sim ao dono, que ostenta sua “riqueza”.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A segunda consideração é que, se temos criado leis que protegem os animais da imensa criatividade da mente doentia dos seres humanos, porque não tê-los como “sujeitos de direito” (não necessariamente seja este o nome), já que trabalham (no sentido humano) e geram riqueza (mais-valia para seus donos)?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A noticia também pode ser desdobrada para a questão dos zoológicos e do tipo de educação ambiental que se faz nestes espaços. Os zoológicos obtém algumas espécies do tráfico e dos maus tratos, mas sua maioria provém de um movimento de incentivo de reprodução dos animais em cativeiro, para manter os indivíduos nas “vitrines” e ser objeto de troca com outros zoológicos e criadores do mundo, sendo esta ação considerada como um bom resultado, afinal só “bons cativeiros” alcançam com sucesso a reprodução.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quanto a educação ambiental, esta peca pela contradição no discurso. Ao promover informação e conhecimentos aos estudantes, sob a égide do ambientalismo, de proteção ao meio ambiente, que só conhecendo e se aproximando das questões poderemos atuar, se contradiz quando legitima estes espaços de confinamento, como se em nosso mundo, onde a imagem tem mais representatividade do que a própria realidade, fosse necessário visitar o shopping de animais para saber que ali não é seu habitat natural.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em última instância, o que está em pauta não é a escravidão das baleias, mas a superação do antropocentrismo que legitima ações que não condizem com a proposta humanista.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal">Ps: o pedido foi negado, as baleias não foram consideradas escravas pelo Seaworld.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Fontes:</div><div class="MsoNormal"><a href="http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/02/07/cinco-orcas-processam-parque-aquatico-por-escravidao/">ONG Cea</a></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-88556769255626222992012-02-07T10:00:00.001-08:002012-02-16T13:13:07.040-08:00No foco o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento - PNUD<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal"><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-pSkQ_fqShy8/Ty61HX7k6YI/AAAAAAAAAJE/EJXMFt4O6t0/s1600/rico+x+pobre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="223" src="http://1.bp.blogspot.com/-pSkQ_fqShy8/Ty61HX7k6YI/AAAAAAAAAJE/EJXMFt4O6t0/s320/rico+x+pobre.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://ocacuablog.blogspot.com/2010/07/onu-divulga-ranking-da-desigualdade.html">O Caçuá blog</a></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O 20º relatório anual de desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD começa bem afirmando que a <i>“desigualdade amplifica os danos ambientais, que por sua vez aumentam a desigualdade”</i>, acrescenta ainda que são os países com baixo IDH os que menos contribuem para as mudanças climáticas globais, sendo no entanto os que mais sofrem suas consequências. Porém, entende que não seria razoável para o problema ambiental que estes países enriquecessem, já que o aumento de riqueza leva ao aumento das emissões de co2.</span></div></div><div class="MsoNormal"><br />
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Daí pra frente o relatório descamba pra baixaria, ou seja, quando tenta encontrar uma solução para a questão, de forma que não discuta o sistema vigente e não atente contra a sua permanência intocável.</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Uma das medidas sugeridas é o já desgastado controle de natalidade,que repassa mais uma vez os custos dos problema ambiental para os países mais pobres, como se o mundo não comportasse um maior número de habitantes, visto a grandiosa produção de alimentos e os mesmos problemas ambientais não fossem provocados pelo alto consumo nos países desenvolvidos, apesar de sua baixa taxa de natalidade.</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Segundo relatório, se houver planejamento familiar até 2050 haverá uma redução de 17% nas emissões mundiais de carbono. E se a mesma relação fosse extrapolada para a produção de minérios, armas bélicas e monocultura associada a agrotóxicos? Aposto que teríamos índices ainda melhores e nem por isso seriam aplicados.</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A OIT também contribui para este estudo superficial, contraditório e ideológico. Para a organização, a crise financeira mostrou as falhas do sistema atual: <span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"> </span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><i>“não há dúvida de que a incapacidade apresentada pelos líderes políticos de hoje para tomar medidas decisivas a fim de utilizar o poder do Estado no propósito de proteger os trabalhadores vincula-se ao discurso neoliberal dominante nas últimas décadas”.</i><o:p></o:p></span></span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Se há falhas no sistema, porque continuar a utilizá-lo? Não é a incapacidade dos dirigentes políticos que trabalham inseridos na lógica capitalista e o fato não é evidente somente nas últimas décadas, é presente desde antes da primeira revolução industrial, que se mantém justamente pela exploração da mão-de-bra não paga e pelo acúmulo da mesma, que não é empregada na mesma medida em que é garantida, caso contrário não promoveria o lucro almejado.<o:p></o:p></span></span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div></div><div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Para ilustrar do que o PNUD está falando, usam a Costa Rica e o Brasil como exemplos de como promover melhorias sociais e crescimento econômico atrelado ao estabelecimento do salário mínimo. Penso em convidá-los a visitar o país para saber do que eles estão falando.<o:p></o:p></span></span></div></div><div class="MsoNormal"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Fonte:</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><a href="http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1078">Le Monde Diplomatique</a></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Juliana Higa Bellinihttp://www.blogger.com/profile/18376612170149175594noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6903545627479977040.post-44703522171684451122012-02-05T20:00:00.000-08:002012-02-05T20:00:01.097-08:00A grande fálacia de C. K. Prahalad<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-3E-c_gkqNWU/Ty3gXFHDjtI/AAAAAAAAAO4/8Nsvhz7E_rg/s1600/Piramide-social.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-3E-c_gkqNWU/Ty3gXFHDjtI/AAAAAAAAAO4/8Nsvhz7E_rg/s200/Piramide-social.gif" width="161" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Crítica e análise de textos e livros é algo que neste ano de 2012 pretendo fazer aqui no blog. Estivemos (e digo no plural pois me refiro a Juliana também) de férias do blog, mas trabalhando muito na pousada que administramos em Cumuruxatiba-BA. E para iniciar essa tarefa, neste primeiro post de 2012, falarei um pouco sobre um livro que só recentemente li, mas que já a algum tempo estava na estante aguardando sua vez. Me refiro ao famoso “A riqueza na base da pirâmide”, de C. K. Prahalad. Não vou me ater neste texto em como o livro está estruturado e outros pormenores para não me alongar muito. A minha idéia é uma crítica mais abrangente.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">O autor (Coimbatore Krisnarao Prahalad) foi um dos mais influentes especialistas em estratégia empresarial e possuía um grande prestígio no meio acadêmico e também no mundo dos negócios. Indiano de nascimento, mas de mente estadunidense, faleceu neste país no dia 16 de abril de 2010, aos 68 anos.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Prahalad é conhecido como o pai da riqueza na base da pirâmide, e neste seu livro discute estratégias e formas de se erradicar a pobreza no mundo através da atuação das grandes corporações multinacionais. Este livro foi um de seus últimos trabalhos, e assim como os anteriores, tornou-se rapidamente um <i>best seller</i>.</span></span></div><a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;">Mas como sempre, nesse </span></span><span style="line-height: 16px;">ínterim</span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 105%;"> entre as multinacionais e a base da pirâmide há algumas coisas que ao meu ver não se encaixam. Alguns podem pensar – quem é este tal de Leonardo que se acha em condições de refutar o grande Prahalad, que passou mais de 10 anos estudando esse assunto? Eu realmente não sou tão graduado, mas tenho a virtude de ser cético quando ouço falar em boa vontade corporativa por gurus de mercado.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Prahalad define a base da pirâmide (BP) - social e econômica - como aquelas 4 bilhões de pessoas do mundo que vivem com menos de 2 dólares por dia. Até ai beleza. Mas só até ai mesmo! No restante do livro o autor traz uma teorização (muito bem ilustrada inclusive) com inúmeros <i>cases</i> já em pleno funcionamento em diversos países subdesenvolvidos, de como as corporações multinacionais podem ampliar a sua base de negócios, fornecendo produtos e serviços formatos para a BP, de tal forma a aumentar seus lucros concomitante com a redução da pobreza. E para mim, é aqui que mora o perigo.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">A teoria contida no livro se inicia falha ao não tocar, em parte alguma, na origem dessa pobreza. Não se interroga “o porque” ou de que forma” o sistema capitalista gerou a situação que caracteriza a base da pirâmide. E ao não questionar essencialmente essa origem, o autor, cujo posicionamento é claramente liberal, acredita que a solução está em quem (ou no que) a gerou.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Para ser mais exato. A solução para Prahalad seria a instauração de uma relação dita ganha-ganha entra as corporações multinacionais e a BP. De que forma? As corporações ofereceriam produtos e serviços formatados para esse público, através de variadas formas de inovações (como a embalagem individual, por exemplo), transformando a BP em consumidores (trazendo-lhes diginidade, afinal, quem não consome não é digno – ou seria digno apenas de pena?...). Dessa forma, teriam acesso a este enorme mercado com 4 bilhões de novos consumidores. E não para por ai. Para tal empreitada, ainda contariam com a criação do que chamou de “ecossistema baseado em mercado para a criação de riqueza”, no qual a corporação multinacional assume o papel central de onde emanam as normas, metas, contratos, valores e tudo o mais a ser respeitado pelo restante da cadeia produtiva e de distribuição. Isso tudo aliado a uma desregulamentação governamental. O mercado, como vimos com as últimas crises financeiras, dá conta de se auto-regular. Ah tá!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Ufa! Um parênteses. Claro que o que acabei de expor em poucas linhas esta esmiuçado em mais de 100 páginas do livro, mas acredito não ter me equivocado, atentando que a minha leitura e compreensão é obviamente moldada por uma ideologia particular.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;">Ao meu ver, descontada a visão preconceituosa do autor com relação aos pobres, sua solução é no mínimo inocente (pois senão seria indecente mesmo!). Esta não é capaz, por exemplo, de solucionar um dos maiores males do capitalismo, responsável direto pela geração da pobreza que é a questão da distribuição da riqueza. Não leva em consideração a real necessidade de toda a tralha (tecnológica ou não) que será oferecida e consumida por essas 4 bilhões de pessoas. Não considera o impacto ambiental que o aumento do consumo irá gerar. Aliás a visão ambiental do autor é restritíssima! Não considera formas autóctones de conhecimento e valores. O único valor considerado é aquele oferecido pelo dinheiro. Não considera toda a extenalização de impactos ambientais e sociais necessários para se manter os preços das mercadorias e serviços baixos o suficiente para poderem ser consumidos. Em suma, a proposta é o aumento do mercado consumidor para gerar lucros cada vez maiores para as grandes corporações, mascaradas de boas samaritanas.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><span style="line-height: 105%;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="line-height: 105%;"><span style="font-family: inherit; line-height: 105%;">Em outro artigo (<a href="http://na-beirada.blogspot.com/2011/10/ecossocialismo-o-que-e.html#more" target="_blank">Ecossocialismo: alternativa para a atual crise socioambiental</a>) já discuti mais detidamente o que acredito ser a solução para atual crise que vivemos, ou pelo menos, o que irá nortear o longo caminho. Ali se encontram as resposta onde falham as soluções apontadas por Prahalad. Boa leitura!</span></span></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color black' />
Este artigo pertence ao <a href="http://na-beirada.blogspot.com/">Na Beirada</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Leonardo Trindadehttp://www.blogger.com/profile/18024632505971488510noreply@blogger.com0