Já publicamos aqui um post sobre a Cúpula dos Povos, que
terminou agora dia 22 de junho com a publicação do relatório final do evento.
A cúpula não existiria não fosse a Rio+20, afinal foi com o
objetivo de ser um contraponto e dar voz a sociedade civil que foi organizada e
para tanto não poderíamos esperar um relatório final que fosse uma continuação da
proposta da Rio+20.
No entanto, o relatório final não disse nada além do que
esperávamos antes de seu acontecimento e poderia muito bem ter sido escrita
antes mesmo do evento ocorrer tão repetido é o discurso, a luta ainda é a mesma,
em defesa dos bens comuns e contra a mercantilização da vida.
Também é sabido as dificuldades de se organizar um evento
com tamanha pluralidade de participantes, heterogeneidade de reivindicações que
deveriam, de alguma forma, estar contemplados no relatório final, somado a isso
são poucos eventos internacionais que tem o potencial de reunir tanta gente interessada
no bem maior, por isso a crítica não é de todo negativa.
O que fica representado pra mim é que, apesar dos esforços
das organizações e movimentos populares e povos representados que participaram
ou não da Cúpula, que propõem uma nova visão de mundo, uma real mudança vai
depender de mais do que ações individuais, posto que somente uma ruptura
estrutural com a gestão capitalista do mundo provocará uma mudança significativa.
Neste caso, acho que o relatório está bem ciente ao
finalizar com uma chamada a criação de uma data mundial de greve geral que
atenda a todas as reivindicações de todos os povos, movimentos e organizações e
ao mesmo tempo não seja específica a nenhum deles, todos são urgentes, com
necessidades de atendimento para ontem.
Assim, nada de calma, (somente quando se tratar de organização), no restante é um momento de luta, de reivindicação, mobilização e participação, agressiva ou não, a medida quem dá são eles e não nós.
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